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Greve de Iberia em Natal: dias, afetações e outros detalhes
UGT e CCOO anunciam greve em Iberia em Natal e a companhia lhes tacha de "irresponsables"
Voar com Iberia em Natal pode que seja algo mais engorroso do habitual este final de 2023 e início de 2024: UGT e CCOO têm convocado uma greve durante numerosas jornadas.
Ante a negativa da companhia de criar um autohandling, os sindicatos têm anunciado uma série de parones que afectarão aos viajantes durante algumas datas finque.
Greve de Iberia: nos dias
Mais especificamente, UGT e CCOO têm anunciado que convocarão greve em Iberia nos dias 29, 30 e 31 de dezembro e 1, 4, 5, 6 e 7 de janeiro, uma convocação que a aerolínea considera "irresponsable".
Num comunicado interno ao que tem tido acesso Europa Press, os sindicatos informam de diferentes reuniões com Iberia e IAG nas que a companhia não tem aceitado criar um autohandling que dê serviço às aerolíneas do grupo. Assim, têm decidido convocar esta greve para a temporada de Natal, que será registada ao longo das próximas horas e anunciada num comunicado conjunto.
A postura da companhia
De seu lado, a companhia tem emitido um comunicado no que mostra "sua enorme decepção" ante esta "irresponsable convocação", já que assegura ter estado em contacto continuamente com os agentes sociais desde que se resolveu o concurso de handling de Aena, o passado 26 de setembro, para "satisfazer as principais inquietudes de seus trabalhadores".
Iberia considera que uma greve convocada nestas datas "danifica irreparavelmente o direito às férias e à reunificação de famílias e amigos" de maneira "irresponsable e carenciada de sentido". Segundo recalca a companhia, "uma greve convoca-se para defender os direitos" dos trabalhadores, mas que neste caso "nenhum se vê minimamente afectado ou ameaçado", já que ficam protegidos pelo V convênio colectivo de serviços de terra, subscrito por todos os sindicatos.
O concurso de Aena
Os trabalhadores de Iberia que tinham como centro de trabalho algum dos aeroportos onde tem perdido a licença, segundo o convênio colectivo, seriam subrogados à nova empresa adjudicataria do concurso de Aena e terão como garantias a manutenção do salário, da jornada actual e dias de férias, antiguidade, mesmo contrato, revisão salarial, dos direitos adquiridos no uso de bilhetes de avião e dos planos de pensões.
Por tanto, segundo Iberia, "a nova situação provocada pela resolução dos concursos de handling de Aena não põe em risco nem um sozinho posto de trabalho de um sozinho trabalhador de Iberia". Para a aerolínea, esta convocação rompe o "diálogo construtivo" que tem mantido nas últimas semanas com os representantes sindicais para encontrar uma solução "híbrida e viável".
O autohandling
No marco desse diálogo, Iberia tem explicado aos sindicatos que o autohandling e a subrogación parcial não é uma solução viável já que permaneceriam no grupo as pessoas de maior idade e, por tanto, com maior salário. Isso significa que os operadores adjudicatarios do concurso contariam com o pessoal de menor custo salarial, pelo que poderiam oferecer uns preços bem mais competitivos que os que se podem conseguir mediante o autohandling, criando uma brecha de competitividade.
Ademais, esta diferença de competitividade também impedir-lhe-ia cumprir com o nível de rentabilidade que o grupo tem comprometido com seus accionistas. Se Iberia fizesse autohandling, a companhia estaria a premiar economicamente aos ganhadores do concurso de Aena e às aerolíneas internacionais com as que compete, o que traduzir-se-ia em "piores resultados, incapacidade de crescimento e uma ameaça ao conjunto de seus trabalhadores".
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