O sindicato CC.OO. tem convocado uma greve em todos os centros de trabalho de Amazon em Espanha para o 27 de novembro e o 28 de novembro, que atinge ao último dia da semana do Black Friday do gigante do comércio electrónico. O protesto consistirá em desempregos de uma hora por turno, e coincidirá com uma das jornadas de maior negócio da empresa depois de expor em diversas ocasiões os problemas que levam ao protesto "sem ter nenhuma saída à vista apesar das diversas soluciones que vos propusemos".
Amazon emprega através de seus 30 centros repartidos por todo o país a uns 20.000 trabalhadores. Actualmente seus armazéns estão inmersos numa das épocas de maior actividade de todo o ano, acumulando estoque para cobrir os bicos de demanda previstos para estas datas e olhando também às compras navideñas.
Afectar a capacidade
Os sindicatos são conscientes de que uma convocação de desempregos pode afectar à capacidade do gigante para cumprir os compromissos com seus clientes e actuam em consequência. CCOO queixa-se de problemas em matéria de segurança trabalhista. "Temos comprovado, junto à Inspecção do Trabalho, que o sistema de Gestão de Acidentes e Incidentes implantado por Amazon está a ocultar possíveis falhas nas medidas de segurança", afirma a central em seu comunicado.
Assim mesmo, reclamam melhoras em matéria de salários, já que considera que Amazon exige a seus empregados dar "o máximo" e que a eles lhes paga "o mínimo". Amazon aplica uma política salarial de pagar na cada província ou comunidade autónoma o salário do convênio colectivo de referência.
As falhas
Por último, o sindicato assinala mais especificamente a Recursos Humanos da multinacional. "Resulta-nos a cada vez mais complexo e requer-nos bem mais tempo encontrar soluções, se encontramo-las, aos problemas relacionados com Recursos Humanos que, entre muitos outros, são: falhas de cobrança e confecção de nómina, a falta de clareza em conceitos de nómina, a dificuldade de gestão e não concessão de permissões aos que temos direito, e erros na gestão das férias e da jornada trabalhista.
"Os departamentos locais de Recursos Humanos da cada centro a cada vez dispõem de menos recursos para desenvolver correctamente sua missão e, ademais, a terceirização de vários de seus processos tem empobrecido e piorado sensivelmente o suporte que nos presta Amazon", aponta a parte trabalhadora.