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Goiko desconhece como pôde vender uma hamburguesa com mofo

A corrente de comida rápida 'gourmet' assegura a Consumidor Global que tem sido algo "pontual" e que tomarão "medidas" para que não volte a ocorrer

Ana Carrasco González

Un local de Goiko GOIKO

Goiko agacha a cabeça e esconde sua rubor com desculpas ante o incidente ocorrido ao servir a uma cliente uma hamburguesa com mofo. Os factos ocorreram no final da semana passada, quando Eva Villa publicou nas redes sociais as dantescas imagens e explicou a atitude prepotente da companhia quando solicitou a folha de reclamações.

A corrente não teve mais remédio que pedir perdão, além de lhe reembolsar o custo completo e lhe oferecer um vale gratuito para o próximo pedido. A origem deste percance, no entanto, ainda é uma incógnita para Goiko.

Não sabem como ocorreu

"Não temos informação de como ocorreu o da hamburguesa com mofo", respondem desde a companhia a Consumidor Global. Para Goiko este caso é pontual, mas muitos utentes interrogados por este meio duvidam de que tão só uma fatia de pan tenha sido contaminada.

A hamburguesa com mofo de Goiko / TWITTER

Ademais, a raiz da denúncia de Villa têm vir# à tona outras situações similares. "Faz menos de um mês, meus amigos e eu nos intoxicamos num de seus restaurantes. Acabamos em urgências", afirma um cliente. "Em conclusão, vejo que não sou a única pessoa à que lhe passou isto ou coisas piores. E também, acabo de ver que se desculparam faz umas horas num tuit, ainda que no local nem nos olharam à cara e nos trataram com prepotencia", destaca Eva Villa.

"Tomaremos medidas"

Desde Goiko reconhecem a este meio de comunicação que são "conscientes de que podemos melhorar e avançar na base sólida e fiável que já vimos construindo e por isso tomaremos medidas para que feitos assim não voltem a suceder".

"Nossa prioridade sempre tem sido e será a experiência e o bem-estar de nossos clientes, e por isso trataremos este caso com a seriedade apropriada", expõem com rotundidad.

Origem desconhecida

Pese a que afirmam que tratarão o caso com seriedade, a investigação sobre como tem podido ser possível que se lhe entregasse a uma cliente uma de suas hamburguesas com mofo não tem dado ainda seus frutos.

Mais especificamente, este acontecimento produziu-se num local de Logroño, mas não há informação da origem do problema que pôde afectar à saúde da cliente.

Mais de 100 milhões de facturação

Goiko nasceu em Madri em 2013, da mão do empresário venezuelano de ascendência basca Andoni Goicoechea, quando só tinha 25 anos, com 50.000 euros que lhe prestou seu pai. Depois de um crescimento meteórico, em 2018, seu fundador vendeu o 80% da empresa ao fundo de capital risco L Catterton por 120 milhões de euros. Hoje já conta com mais de 100 locais próprios em Espanha e factura mais de 100 milhões de euros ao ano.

Campanha da corrente de hamburguesas Vício, com Jessica Goicoechea, na que fazem um jogo de palavras para referir a sua concorrência, Goiko / VÍCIO

Nos últimos anos tem mantido uma dura concorrência com outras correntes de hamburgueserías gourmet, como Vício, com hamburguesas que facilmente superam os 15 euros. Cabe destacar que Vício, depois de ser perguntado por Consumidor Global, tem decidido guardar sua opinião sobre o incidente mencionado de Goiko. "Não falamos nunca de acções, metas e demais situações da concorrência", concluem.