Mais de um milhão de pessoas sofrem psoriasis em Espanha, uma doença da pele que se manifesta em lesões cutáneas e que em alguns casos implica sintomas depresivos e quadros de ansiedade. Outras afecciones como o acné, a dermatitis atópica, os eczemas… são doenças com grande prevalencia em nossa sociedade, pelo que não é de estranhar que a especialidad de dermatología seja uma das que mais pacientes e demora acumula a nível estatal.
De facto, no último relatório do SISLE realizado pelo Ministério de Previdência, a primeira consulta nesta especialidad pelo sistema público de saúde chega numa média de 110 dias, só por trás de neurología com 113 dias de demora.
No entanto, o tempo de espera na Comunidade de Madri situa-se a quase a metade, ao redor de 60 dias, se analisam-se os dados oficiais de junho. A cifra madrilena melhora a situação que apresentava no relatório do SISLE do passado dezembro, no que a média para consulta externa de dermatología na região era de 96 dias. Cabe destacar que o hospital com menor demora de toda a CAM é a Fundação Jiménez Díaz, de alta complexidade. Segundo os últimos dados oficiais, o centro de gestão mista fixa em 4,67 dias o tempo médio de espera para primeira consulta dermatológica, muito por embaixo de outros hospitais de similares características.
Por conseguinte, o Gregorio Marañón é o segundo hospital do Grupo 3 cujos pacientes menos aguardam para ver ao dermatólogo com 26,16 dias; no 12 de Outubro duplica-se até os 51 dias; no Porta de Ferro Majadahonda a espera é de dois meses (62,13 dias) e no Clínico San Carlos tem uma demora de 67,69 dias. Na Paz e na Princesa, ver ao especialista da pele supera os três meses com quase 98 dias e 101 dias, respectivamente. Mas o hospital de alta complexidade com maior tempo de espera de toda a região é o Ramón e Cajal com quatro meses e meio (132 dias) para obter a primeira consulta.
Primeira cita de dermatología em menos de duas semanas
Além da Fundação Jiménez Díaz, há outros três hospitais que brindam a primeira cita de dermatología em menos de duas semanas. Trata-se, também, de centros de gestão mista como o Hospital Universitário Geral de Villalba, cuja média de junho é de 8,98 dias, e o Infanta Elena e o Rei Juan Carlos, ambos com 12,8 dias de média.
O hospital de Fuenlabrada ocupa a sexta posição na especialidad de dermatología (após o Gregorio Marañón) com 35,66 dias de demora seguido pelo Severo Ochoa
(38,55) e o de Móstoles (39,87). Os pacientes madrilenos esperam entre mês e meio e dois meses em outros hospitais como a Fundação Alcorcón (43,8 dias); o do Tajo (44,82); o de Getafe (45,16); o Hospital Infantil Menino Jesús (46,35); o de Torrejón (48); o Infanta Cristina e Infanta Leonor (53); o Infanta Sofía (54,94); e o do Sudeste (55,63).
A espera para consulta externa de dermatología multiplica-se na Central Cruz Vermelha e San José e Santa Adela superando os 3 meses (98,67) e no de Henares (112,28) enquanto o Hospital do Escorial roza os 4 meses de espera. Não obstante, o centro público onde mais aguardam os madrilenos para ver ao dermatólogo é no Hospital Príncipe de Astúrias cuja demora atingiu os 137 dias, quatro meses e meio, o passado junho.