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Que fazem com nossos dados em internet quando morremos

A grande maioria de pessoas têm perfis em redes sociais que albergam uma grande quantidade de informação pessoal do utente

Ana Siles

busqueda google

Internet e as redes sociais são fontes de informação. Sabem-no quase tudo sobre os utentes e apagar a impressão digital é impossível. Está claro que todo mundo sabe que deve deixar um testamento feito em vida para repartir seus bens. Mas e os dados?

Entre as principais companhias que manejam a informação digital dos internautas estão Google, Apple ou Facebook. Suas políticas de privacidade são bastantees estritas e os familiares encontram-se com problemas para aceder aos perfis de seus seres queridos falecidos.

Um herdeiro digital

Não é a primeira vez que os tribunais ditam sentença sobre que fazer com a informação digital das pessoas falecidas. Segundo publica o jornal O País, já teve um caso em 2012 quando Facebook não quis facilitar as chaves de acesso aos pais de um menor falecido numas vias de comboio em Alemanha.

As apps de Facebook e Instagram num móvel / PEXELS

Anos mais tarde, um juiz obrigou à rede social a facilitar dita informação argumentando que existia prioridade por esclarecer o ocorrido. Para evitar este tipo de situações, o mais importante é nomear a um herdeiro digital. Uma pessoa nomeada em vida pelo falecido para que administre suas redes sociais.

Testamento digital

Há que ter em conta que não todas as plataformas digitais têm a mesma política de privacidade. Segundo o citado jornal, se uma pessoa quer nomear a esse herdeiro digital o primeiro que há que fazer é um inventário com todas as senhas. A partir daí, há que redigir um testamento digital no que a pessoa indique que é o que deseja fazer com suas contas.

Um homem em frente ao computador pede a Google que elimine seus dados pessoais / FREEPIK

Se a rede social permite-o, esta pode seguir sendo gerida por uma pessoa a modo de homenagem ou bem pode se fechar por completo. Em caso de não fazer dito testamento, as mais allegados do falecido têm sérios problemas para aceder a esta informação. Solicitações de acesso e outros processos que se acabam alongando com o tempo enquanto o perfil da pessoa falecida se encontra totalmente protegido pela rede social ou plataforma em questão.