Desde os anos 70, celebra-se o Black Friday ou Sexta-feira Negra em Estados Unidos. Depois do dia de Acção de Graças, uma trégua de descontos e ofertas contribuem a realizar as primeiras compras face ao Natal. Em Espanha, celebra-se desde faz 15 anos, ainda que tem sido nos últimos quando esta festa das compras se tem popularizado mais. Mas, não só se expandiu a outros países, sina que também se ampliou a todo o tipo de sectores, incluído o da medicina estética.
Não obstante, sobre os descontos que se aplicam neste campo, experientes e sociedades médicas têm lançado uma mensagem de alerta sobre o perigo que supõe se tratar a preços baixos durante esta semana. Assim, advertem de que baixo este tipo de ofertas podem enmascararse procedimentos que não cumprem com os regulares de qualidade necessários para a segurança do paciente, tal e como recolhem desde Crónica Global.
Quais são os riscos?
"Não faz falta mais que entrar em redes sociais para ver a quantidade de clínicas e médicos que levam a cabo este tipo de ofertas ou promoções", explica a Crónica Global o doutor Sergio Fernández, vice-presidente segundo da Sociedade Espanhola de Medicina Estética (SEME). Neste sentido, assegura que os médicos estéticos não deveriam oferecer tratamentos porque supõe uma merma da qualidade dos mesmos e dos produtos utilizados, comprometendo a saúde dos pacientes.
"A cada vez chegam-nos mais queixas de pacientes que se submeteram a um tratamento estético que contrataram durante o Black Friday e que não têm obtido os resultados esperados", aponta Fernández. Mas não só isso. Desde o SEME recordam que contratar tratamentos de medicina estética rebajados pode afectar directamente à saúde dos pacientes com riscos que vão desde a inflamación ou alergias, até infecções, necrosis ou perda da vista.
Sanções
As campanhas de rebajas para o aplicativo de tratamentos médicos são contrárias ao código deontológico da profissão médica e podem chegar a supor grandes sanções por parte dos colégios de médicos aos profissionais que as põem em prática. Neste sentido, explica Fernández que as "multas" podem ir desde sanções económicas até a inhabilitación do médico ou profissional que oferece seus serviços por um custo reduzido.
"É o colégio quem decide que sanção impor ao centro ou particular em questão", assegura o experiente, quem recorda que em muitas ocasiões são as próprias agências de comunicação das clínicas as que propõem as campanhas de márketing. "A sanção dependerá da reincidencia e da gravidade do caso em particular", aponta. Ainda assim, desde SEME sublinham que o único que lhes fica é "educar, informar à população e lhe ensinar a eleger ciência e saúde"