A corrente de supermercados Eroski reconhece que tem subido os preços num 10% em seus lineares. A conselheira delegada de Eroski, Rosa Carabel, tem reconhecido que a situação actual é "complicada" num meio marcado pela inflação derivada da guerra de Ucrânia, e tem sublinhado que a distribuição está a fazer um esforço "muito relevante" por conter a subida de preços no mercado.
"Eroski tem subido os preços ao igual que o resto da distribuição, mas bastante menos que outros; a inflação média que temos transladado a nossos preços de venda pode estar meio ao 10%, mas isto não se transladou à cesta média dos clientes, que se tem incremetado em 3,5 pontos", tem assinalado numa roda de imprensa no 37 Congresso de Aecoc .
"A inflação continua"
Esta subida no ticket médio tem sido menor que a registada em seus lineares pelo esforço promocional realizado, com uma cifra de poupança a seus clientes de 150 milhões de euros, e pelas decisões do consumidor, que opta por produtos mais económicos e de marca própria, cuja participação tem subido entre 1,5 e dois pontos no que vai de ano. "Se não há mais subida é porque não estamos a ser capazes de transladar ao mercado. É um mercado muito competitivo, os incrementos de custos de tarifa não têm parado e os provedores seguem chamando à porta com a necessidade de incrementar os preços de custos dos produtos que nos vendem", tem assinalado.
"Toda a distribuição estamos a fazer um esforço muito relevante por conter a subida de preços no mercado. A situação é complicada, e nossas margens vão-se estreitando. A nós os provedores nos sobem os preços de seus produtos porque seus custos se incrementam, mas a nós também se nos incrementam nossos custos de corrente de valor. Incrementa-se-nos a electricidade, incrementa-se-nos o custo de distribuição, simplesmente os salários, e portanto aqui a pressão é brutal para todos", tem explicado a CEO de Eroski, quem tem avisado de que "neste momento, a inflação continua".
Crescer através da franquia
À margem do palco inflacionista, Carabel tem sublinhado que o objectivo da companhia é consolidar seu negócio em sua zona prioritária, que é zona Norte, Cataluña e Baleares, ao mesmo tempo em que segue com o "firme" propósito de crescer em todo o território nacional através da franquia, "naqueles lugares onde tem redobrado as vai nos últimos tempos".
"Nosso objectivo segue sendo consolidar nossa posição neste perímetro, em crescer e ocupar espaços que achamos que ainda podemos ocupar, não estaríamos abertos de forma proactiva a ser os principais actores de uma operação corporativa de envergadura, temos feito no passado recente operações pequenas e poderíamos estar abertos no curto prazo a este tipo de operações", tem assinalado.
Uma campanha de Natal "aceitável"
"Nossa intenção é consolidar no perímetro no que somos líderes ou colíderes, consolidar o negócio em Catalauña e situar a Caprabo no lugar que se merece recuperando a posição que tem perdido nos últimos anos", tem acrescentado.
Face ao Natal, Carabel tem estimado que será uma campanha "aceitável". "Não acho que seja um Natal extraordinário, por dizer de alguma maneira, mas nós esperamos que o Natal seja aceitável desde o ponto de vista da actividade, quiçá desde o ponto de vista da rentabilidade, pois pois obviamente é um período no que a concorrência é ainda mais agressiva", tem assinalado. Em sua opinião, na campanha navideña terá um equilíbrio entre o consumo fosse do lar e o consumo dentro do lar ante uma situação de incerteza e com uma margem que estará "muito tensionado".