Enxurrada de críticas ao seguros Ocaso pelo seu péssimo atendimento ao cliente: "São uns burlões"

Se fosse pedido a alguém que enumerasse cinco companhias de seguros em Espanha, é evidente que a Ocaso estaria no topo da listas. A empresa conta com mais de um século de experiência. É tal a sua popularidade entre o público espanhol que até os seus anúncios deixaram a sua marca.

Só de pensar numa montanha russa e um sol, rapidamente vem à mente de muitos cidadãos o anúncio da empresa: "A viagem da tua vida". Uma longa trajetória profissional que leva muitos consumidores a optarem pela Ocaso quando se trata de segurar a sua casa. No entanto, as queixas acumulam-se na rede e são muitos os que desaprovam o atendimento ao cliente por parte da seguradora.

"Vou denunciá-los por fraudadores"

Se há uma coisa pela qual a Ocaso é criticada, é o seguro de habitação que oferece. Nalguns casos, estes são uma fonte de extrema irritação. Sha M. conta que quando contratou o seu seguro de habitação, incluiu a cobertura de danos causados pela água em toda a casa. "Está escrito na apólice e foi assim que o vendedor me explicou. Tive uma fuga num cano embutido na parede da fachada que danificou toda a cave", explica a internauta.

"A única coisa que fizeram foi enviar-me um canalizador com um raio X nos olhos, que partiu do princípio de que a rutura era no jardim e que não a cobriria. A cave também não foi reparada pela mesma razão, o cano estava no exterior de acordo com o raio X", diz. A afectada afirma que foi ela quem teve que reparar a avaria. Motivo pelo qual promete que não renovará nenhuma das suas apólices. "Tenho testemunhas, fotos e vídeos de onde estava a rutura, acho que os vou denunciar por fraudadores", alerta a internauta.

Consequências de violar uma apólice

Em casos como o que expõe Sha M., são muitos os que se propõem violar a apólice. Uma decisão na qual há que ter em conta "a situação do segurado", tal como explica à Consumidor Global Carlos de la Sierra, advogado fiscal na Reclamador.es  "Se é um seguro de habitação sem vínculo hipotecário, bastará avisar com 30 dias de antecedência à seguradora", lembra o perito.

Pelo contrário, "trata-se de um seguro de habitação vinculado à hipoteca: há que avisar a seguradora com pelo menos 60 dias de antecedência e o banco deve dar a sua aprovação", alerta o advogado. De facto, insiste que neste segundo suposto há que ter "outro seguro que substitua o original e a entidade bancária deve constar como beneficiária".

"Não serve para nada este seguro"

Carol P. F. também não hesita em atacar a Ocaso depois da sua experiência. Esta utiizadora explica que sofreu uma fuga de água. "Não ma arranjam prque estou há  menos de dois meses com a Ocaso porque segundo eles já existia essa fuga", afirma a internauta. "Realmente são uns fraudadores", conclui. Uma péssima experiência que partilhada por outros utilizadores como Alfonso G.

"Das piores companhias de seguros que tive. Não serve para nada. Teria medo de o manter em caso de algo grave. 300 euros de seguro anuais atirados ao lixo. Uma autêntica fraude", relata este cliente. "Para cobrar, todos são rápidos mas já fiz três reclamações e não trataram de praticamente nada. E apesar de ter subscrito o seguro contra todos os riscos. Sinto-me muito enganado", sublinha Borja P. A.

Passos a seguir quando o seguro não cumpre

O advogado fiscal Carlos de la Sierra explica a este meio os passos a seguir quando o seguro de habitação não cumpre as suas responsabilidades. O primeiro passo é contactar com a seguradora "por um meio que fique registado".

Se, por esta via, os afectados não obtêm resposta, existe a opção de ir à Direcção Geral de Seguros e Fundos de Pensões. "Trata-se de um organismo que gere reclamações de seguros e aconselha os segurados, ainda que as suas decisões não sejam vinculativas", detalha o perito. A última opção é a via judicial, à qual só se recomenda ir se não se obtém resposta mediante as duas primeiras vias.

Este meio pôs-se em contacto com a Ocaso para recolher a sua versão sobre as críticas indicadas, no entanto, no momento da publicação desta reportagem, não tinha recebido nenhuma resposta.