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Endesa incha a leitura real do contador de um cliente e depois lava-se a mãos
Um utente tem pago 1.800 euros mais ao longo de um ano e meio mas a eléctrica desoye suas reclamações
Endesa e seu lío com as facturas é um clássico. São vários os casos recolhidos por este meio que assim o demonstram. Recibos que demoram meses em chegar ou o caso de uma idosa à que a companhia lhe reclama indevidamente 2.000 euros são alguns destes precedentes.
A companhia eléctrica parece ter-se voltado uma experiente em isso de irritar a clientes para depois lhes dar longas até os desesperar. Até o mismísimo Jordi Évole sacou as cores à empresa nas redes sociais pela péssima atenção que recebeu. Nesta ocasião, trata-se de um caso no que a leitura real do contador de um cliente leva meses se alterando.
Leituras reais modificadas
A história de Ricard T. soma-se às muitas críticas que recebe Endesa. Trata-se de um utente que leva um ano e medeio pagando facturas de gás nas que a leitura real do contador sempre aparece incrementada. Assim o afirma em suas declarações a Consumidor Global.
E para mostra, um botão. O recebo com as supostas leituras reais que compreende de 21/11/2023 até o 23/01/2024 marca 43.785 metros cúbicos ao início e 44.048 ao final do período. Em mudança, seu contador, realmente, fica em 42.978 metros cúbicos, tal e como demonstra a imagem. As cifras não cuadran.
1.800 euros a mais
"Podem dizer-me por que razão se entretienen Uds. em tirar-me uns euros cada mês de meu recebo mediante o sistema de alterar (a seu favor) a leitura do contador?", pergunta-se Ricard T. em referência a Endesa. O cliente tem calculado qual é a quantidade que tem pago a mais a Endesa e o custo sobe a 1.800 euros.
Um dinheiro que reclama à companhia mas que, por enquanto, não lhe foi devolvido. O problema não é que não se tenha realizado o reembolso, é que as reclamações do afectado caem em saco rompido. Ricard T. afirma que só recebe longas após reclamar. "Por que razão não me devolvem meu dinheiro e modificam as leituras na factura?", expressa.
A via legal, a única solução
Chegados a este ponto e depois de esgotar as vias de reclamação comuns, a alternativa encontra-se nos tribunais. Assim o explica a este medeio Alejandro Sanchís, advogado e sócio de AMG Legal.
O jurista recalca a possibilidade de recorrer ao sistema judicial para aclarar o caso de Ricard T. Neste sentido, as facturas e as fotos do contador jogam um papel fundamental como provas.
O sistema do desgaste
Além das provas documentárias, nestes casos podem funcionar muito bem as figuras do perito judicial ou de uma testemunha perito. Desta forma, utentes como Ricard T. podem ter um relatório no que se determine se realmente Endesa está ou não inflando a leitura real.
"Este tipo de entidades aproveitam os tribunais para aplicar um sistema de desgaste ao consumidor", adverte Sanchís. Ao final costumam ser processos judiciais que se alongam tanto no tempo que, efectivamente, muitas vezes conseguem que o consumidor desista.
Endesa guarda silêncio
Endesa é uma companhia que arrecada milhares de milhões de euros cada ano. Uma entidade na que confiam a maioria dos espanhóis. Esse voto de confiança trai-o a empresa cada vez que se produzem estes erros com os que toca o bolso de seus clientes.
Ricard T. tem pago 1.800 euros mais a Endesa durante um ano e medeio. Uma quantidade de dinheiro mais que suficiente para desfrutar de umas boas férias. "É um enriquecimento injusto por parte de Endesa", conclui Sanchís. Consumidor Global pôs-se em contacto com Endesa para aclarar a situação de Ricard T. Mas, a companhia tem preferido dar a calada por resposta.
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