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Encontram parafusos soltos em aviões Boeing 737 depois de abrir-se um boquete num deles
O modelo está inmovilizado pelas autoridades após que neste passado sábado um dos aparelhos, operado por Alaska Airlines, perdesse parte do fuselaje em pleno voo
No passado sábado, um dos painéis de um Boeing 737 MAX 9 de Alaska Airlines se desprendia da cabine ao pouco tempo de descolar (a quase 5.000 metros), abrindo um buraco no fuselaje e provocando uma aterragem de emergência. Agora United Airlines tem assegurado ter encontrado parafusos soltos em seus aviões Boeing 737 Max 9.
"Desde que começamos as inspecções preliminares no sábado, temos encontrado casos que parecem estar relacionados com problemas de instalação no painel da porta: por exemplo, parafusos que precisavam ajuste adicional", tem indicado a aerolínea United num breve comunicado. "Estes achados serão remediados por nossa equipa de Operações Técnicas para pôr ao avião de novo em serviço com segurança", tem agregado.
Não afecta aos aviões da companhia em Europa
A autoridade federal de aviação (FAA, em inglês) ordenou inmovilizar de imediato todos os 737 Max 9 com a mesma configuração que a do avião de Alaska Airlines para realizar inspecções. A medida, adoptada também pela Agência de Segurança Aérea da União Européia (EASA), não afecta a nenhum dos aviões da companhia em Europa, já que os Boeing 737 Max 9 que operam no espaço comunitário contam com uma configuração diferente.
Ao todo há 215 destes aviões em serviço em todo mundo, e além de United e Alaska Airlines, os têm em suas frotas a panamenha Copa Airlines, a mexicana Aeroméxico, Iceland Air, Turkish Airlines e FlyDubai.
Os Boeing 737, no ponto de olha
Faz mal duas semanas, os Boeing 737 voltaram a estar de actualidade, após que a multinacional estadounidense pedisse às aerolíneas inspeccionar seus aviões em procura de um possível parafuso solto no sistema de controle.
O último incidente tem voltado a pôr no ponto de olha aos aviões Boeing 737 Max, que estiveram inmovilizados em boa parte do mundo durante uns dois anos depois de dois acidentes com o modelo 737 Max 8 nos que morreram 346 pessoas, em Indonésia e Etiópia, em 2019 e 2020. Nesses dois casos, determinou-se que o software de controle de voo gerou informação errónea e pôs às aeronaves em posição de descenso, pese aos esforços dos pilotos por reverter essa instrução.
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