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Dining in the dark decepciona: jantar a escuras com muita luz, poucos camareros e escassa comida
Esta nova experiência gastronómica em Madri que custa 50 euros causa desilusión entre os clientes por não cumprir com as expectativas geradas
"Alguma vez perguntaste-te como é comer na escuridão?" Com este reclamo publicitário se apresenta Dining in the dark, um novo plano de lazer que tem chegado a Madri com mais pena que glória. O conceito em si não é inovador: degustar platos às cegas com os olhos vendados leva-se fazendo desde faz tempo e, como toda a experiência que se sai da norma, gera divisão de opiniões.
Dining in the dark é uma proposta que chega à capital da mão da empresa de lazer e eventos Fever, que organiza estes peculiares jantares na quarta planta do Shopping ABC Serrano, no bairro de Salamanca. Já são vários os utentes que têm provado esta original experiência gastronómica e algumas opiniões rompem um pouco com o que se promete para este plano.
Uma experiência "sensorial" de 50 euros
Dining in the dark tem um preço de 50 euros por pessoa e oferece um menu "sensorial" segredo de três platos a eleger entre opção vegetariana, marisco ou carne. "Também se incluem três copas da faixa de vinhos Bem mais, segundo a variedade que melhor combine na cada menu mais água", acrescentam no site.
Alan Daitch provou Dining in the dark com seu casal faz dois meses e, tal e como descreve a Consumidor Global, a experiência foi totalmente "decepcionante" e uma "fraude". "Promoveram-no como um restaurante a escuras, só alumiado pela luz das velas. No entanto, tinha muitas mais luzes acendidas", mostra Daitch com um vídeo e fotos do dia que assistiu com seu casal.
Um jantar "a escuras" com muita luz
No vídeo vê-se como além das velas que há nas mesas, a sala conta com mais luzes acendidas que tumban o reclamo de "cenar a escuras" e isso "deteriorou gravemente a experiência", denúncia. Outra das críticas que lança este comensal é a quantidade de comida servida.
"Prometeu-se-nos um menu de cinco platos, mas só se serviram três: entrante, plato principal e postre. Ademais, as quantidades eram muito escassas", assinala. É verdadeiro que a dia de hoje, no site de Dining in the dark se detalha que o menu é de sozinho três platos.
Poucos camareros
Outro dos grandes problemas a julgamento deste casal foi a quantidade de camareros trabalhando. "Eram muito poucos e isso ocasionava que a muitas mesas nunca as atendessem excepto que lhes insistíssemos. Se levantávamos a mão, igual não nos viam, por isso muita gente se tirava o antifaz para lhes chamar. Foi tão mau que quase ninguém tinha posto o antifaz à medida que avançava a noite", lamenta Daitch.
No vídeo que tem compartilhado com esta redacção se pode observar como, efectivamente, muitos dos comensales têm o antifaz tirado, uma imagem que choca e decepciona com as expectativas que se tem deste jantar às cegas.
Uma experiência "desilusionante"
Em definitiva, foi uma "desilusión" que Daitch não quer repetir. "Tenho ido a planos similares de jantares às cegas em outras partes do mundo como o Teatro Cego em Argentina e é uma experiência fabulosa", arremata este utente que ademais conta que tem reclamado à organização de Dining in the dark.
"Reclamei-lhes a devolução do custo, já que além de que nos desilusionó, o evento não se correspondia com o descrito", assegura. No entanto, a única compensação por parte de Fever foi um cupón de 25 euros, uma quarta parte do que tinham pago pela reserva de duas pessoas. "Voltei-lhes a reclamar de uma forma mais formal, mas mantiveram-se em sua postura. Não posso crer como podem te defraudar assim", conclui Daitch. Consumidor Global tem tratado de contactar com Fever, a empresa organizadora, para conhecer sua visão sobre este assunto, sem sucesso ao termo desta reportagem.
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