Ao pensar em Zurique, um consumidor poderia evocar a cidade suíça, uma das mais caras do mundo e sede de instituições poderosas, desde Adecco até FIFA. Ou também a companhia de seguros: Zurich é o nome de uma importante seguradora que, em 2018, criou a Zurich Klinc, filial que oferece a gama de seguros digitais da empresa, desenhada para dispositivos móveis, vida e mobilidade pessoal.
"O teu seguro Zurich Klinc é apostar na segurança, a sustentabilidade e a felicidade", dizem no seu site. Não obstante, a alguns consumidores esta seguradora só lhes trouxe nervos e decepções.
Decepção com o seguro
A Lydia Alonso roubaram-lhe o telemóvel há uns dias. Felizmente, conta a este meio, puderam "deter" os ladrões, mas estes por sua vez passaram o dispositivo a outras pessoas, de modo que por enquanto não o recuperou. "Como não o tinham, pegaram nos seus dados e deixaram-nos ir embora, enquanto esperavam que os Mossos dessem seguimento à investigação das câmaras de segurança", indica esta afetada. Ela tem o seguro anti roubo com a Zurique Klinc "desde há muito tempo, 4 anos aproximadamente", e sentiu-se enormemente decepcionada com o mesmo.
Depois de informar a empresa do roubo, da Zurich alegaram que "a letra pequena diz que só cobrem roubos com violência". Não obstante, quando ela assinou a apólice com a Zurique, indica, "dizia que cobria o roubo do telemóvel (não especificava roubo com violência)", pelo que considera que há certas lacunas.
"Não se explica de forma clara"
"Por mais que lhes apresente uma denúncia de mais de 5 páginas, que a mesma Guardia Urbana e Mossos consideram grave porque hpuve violência verbal e posterior roubo das minhas contas bancárias através do telemóvel, a Zurich continua a afirmar que não houve violência física", lamenta. Por isso, considera que é "uma fraude" assinar algo quea Zurich "não explica de forma clara".
Acrescenta Alonso que "não têm telefone de atendimento ao cliente, só um mail genérico, qque parece que têm de o matar para obter a cobertura do seguro. E mais, háuns meses partiu-se uma parte do telefone que cobria o seguro, e também não se trataram do assunto", descreve. Nessa ocasião, conta esta afectada, a Zurich não se envolveu porque primeiro lhe pediam para ela desactivar o Find my iPhone, uma função de localização do dispositivo da Apple .
Falta de confiança
"É suspeito que peçam para tirar a localização do meu telemóvel se era suposto ser uma reparação, por isso recusei-me a removê-la. Não confio numa seguradora que vende tanto fumo e depois não tem o serviço direto ao cliente que qualquer empresa pode ter", recalça. Em fóruns como Trustpilot há poucas avaliações sobre a empresa, mas algumas experiências são semelhantes às desta cliente.
Por exemplo, um consumidor denuncia que, na hora de abrir um sinistro, "a app não dá referência nem te informa do seu estado. Supõe-se que para que tenha continuidade um operador tem que ligar-te, mas nunca acontece. Então acontece que nem podes o abrir tu, nem te liga um operador para o abrir". Para encrespar o encrespo, este afectado acrescentava que, se um utilizador queria fazer uma reclamação, "tem um telefone, mas só atendem a Zurich, se és Klinc te dão um email que ninguém atende. Tudo uma perda de tempo, e de dinheiro".
Cobranças inesperadas
Nas redes sociais também há quem manifeste o seu espanto face às práticas ae Zurich Klinc. "Como é possível que me tenham cobrado dois seguros que não foram validados nem aprovados na app? Isso não é uma fraude? Quando além disso vos disse por telefone... Fazem-no a todas as pessoas?", perguntava-se um consumidor descontentamente.
Tenho o meu pedido de reembolso do telemóvel roubado verificado desde ontem e não ouvi nada de novo a não ser "não temos stock". E continuam a ser tão fixes, é a minha ferramenta de trabalho. Podem ajudar-me?", perguntava outro internauta. Na mesma linha, outro cliente descontentamente apontava "Mau, mau… fizemos uma reclamação de um telemóvel segurado, pagamos a franquia de 30€ e nunca passaram a recolher o telemóvel. Não respondem ao telefone, nem pela app, nem por email… não me imagino deixando a saúde nas vossas mãos".
Também com os seguros do lar
Os problemas também chegam aos lares. "Se estás a procurar seguro de lar, foge da Zurich Kilinc. Na sexta-feira tive um sinistro na minha casa, tentei abrir um parte como 20 vezes, mas não me deixavam. Não há telefone para onde possas ligar . Sinto-me como se não tivesse seguro. Que impotencia", lamentava um internauta.
Questionados por estas incidências, da Zurique explicam a este meio que todos os casos que chegam ao serviço de atendimento ao cliente "são geridos através dos canais digitais que criámos para esse efeito: chat on-line, redes sociais, formulário site e/ou via email. Estes contactos sempre são atendidos por profissionais especializados, que tentam oferecer respostas claras, de forma ágil".
Análise "de forma contínua"
Acrescentam que é um trabalho que se analisa "de forma contínua para melhorar os processos e aumentar a satisfação dos nossos clientes" e que se analisa cada caso concreto de forma individual.
"Se a situação não tem cobertura segundo o contrato de seguro, devemos recusar o siniestro", limpam.