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Desenvolvem um capacete com IA que lê os pensamentos e os converte em texto
Em palavras dos pesquisadores, esta meta "está a abrir novas fronteiras em neurociencia e inteligência artificial"
A inteligência artificial avança a passos agigantados, e os experientes acham que, em poucos anos, mudará radicalmente nossa maneira de trabalhar e criar. Suas capacidades são a cada vez mais potentes, tanto que às vezes assustam. O pesquisador e neurocientífico Demis Hassabis chegou a afirmar que tinha que se tomar seus riscos tão em sério "como outros desafios globais importantes, como a mudança climática ou as armas biológicas". Agora, um capacete capaz de ler os pensamentos tem impressionado à comunidade científica.
Tem sido desenvolvido por pesquisadores da Universidade Tecnológica de Sydney, quem afirmam que o invento tem a capacidade necessária para transformar pensamentos silenciosos directamente texto. Deste modo, poderia utilizar-se com aplicativos médicos, para pessoas com algum tipo de discapacidade que lhes dificulte a comunicação.
Tecnologia com electroencefalogramas
No estudo, os participantes leram em silêncio bilhetes de texto enquanto usavam um capacete ou gorro que registava a actividade eléctrica de seus cérebros através do couro cabelludo mediante um electroencefalograma (EEG).
Esta onda segmenta-se em unidades diferentes que capturam características e padrões específicos do cérebro humano através de um complexo sistema de IA chamado DeWave, que traduz os sinais de EEG em palavras e orações.
Novas fronteiras em neurociencia
"Esta investigação representa um esforço pioneiro na tradução de ondas EEG sem processar directamente à linguagem, o que marca um avanço significativo neste campo", têm assinalado os responsáveis pelo estudo. "A integração com grandes modelos de linguagem também está a abrir novas fronteiras em neurociencia e inteligência artificial", têm acrescentado.
Até o desenvolvimento desta incrível tecnologia, para traduzir os sinais cerebrais à linguagem humana requeria-se cirurgia para implantar eléctrodos no cérebro ou escanearlas numa máquina de ressonância magnética.
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