A remuneração que oferece a banca pelos novos depósitos a prazo dos lares espanhóis tem atingido o 1,31 % no mês de março, o que supõe a melhor retribuição aos ahorradores oferecida pelas entidades financeiras desde princípios de 2014, segundo se desprende dos dados publicados nesta sexta-feira pelo Banco de Espanha.
Em fevereiro, a taxa de juro média ponderado dos depósitos a prazo foi de 0,89 %, pelo que no terceiro mês do ano experimentou uma melhora de 42 pontos básicos. Um ano dantes, a taxa de juro oferecida estava praticamente no 0 %, uma taxa que se manteve durante grande parte do ano e só começou a se elevar para final de ano.
O interesse pela poupança é baixa
Em termos históricos, o interesse oferecido pela poupança segue sendo baixo. Durante 2008, coincidindo com o início da crise, os bancos chegaram a pagar até um 5 % pelo dinheiro que seus clientes mantinham em seu balanço. Nos anos prévios, desde que a série histórica começou em 2003, o interesse oferecido nunca tinha baixado do 1,8 %.
Por prazos, os novos depósitos com até um ano de vencimento ofereciam um interesse do 1,36 %, 50 pontos básicos mais que em fevereiro. Para os depósitos dentre um e dois anos, o interesse oferecido tem caído em 10 pontos básicos, até o 1,19%, enquanto para vencimentos superiores aos dois anos se oferecia um tipo de 0,84%, em frente ao 1,03% de fevereiro.
A contas correntes
A remuneração da poupança em contas à vista, as contas correntes, manteve-se invariável no 0,08 %. É neste tipo de contas onde se concentra o grosso da poupança dos lares espanhóis. A retribuição oferecida por lvos depósitos das empresas manteve-se num nível superior à dos lares. O tipo médio ponderado tem escalado ao 2,28%, desde o 1,94% de fevereiro.
Por prazos de vencimento, os bancos ofereciam um interesse de 2,31% para depósitos até um ano; de 1,76% para depósitos entre um e dois anos; e de 1,26% para depósitos a mais de dois anos.
Adaptar ao mercado
Não obstante, se temos em conta o conjunto do saldo vivo (não só os novos depósitos contratados em março), a taxa de juro média ponderado oferecido pelos depósitos a prazo dos lares se elevou em 20 pontos básicos, até o 0,52 %, enquanto o tipo oferecido às empresas tem atingido o 1,96 %, desde o 1,65 % de fevereiro.
Até agora, a totalidade dos grandes bancos tem recusado dar o primeiro passo à hora de remunerar a poupança dos lares alegando a abundante liquidez da que dispõem. Em seu lugar, a postura geral do sector é a de adaptar-se ao que faça o conjunto do mercado.