A organização agrária COAG tem pedido à Agência de Informação e Controle Agroalimentar (AICA) que abra uma investigação "urgente". Esta petição realizou-se depois de assinalar que os preços estão "muito por embaixo" dos custos de produção registados no início de campanha da sandía.
Trata-se de uns preços que colocam aos agricultores "numa situação grave de autêntico desastre". O secretário provincial, Andrés Góngora, tem indicado que, desde princípios de maio, "não tem parado de baixar o preço em origem". Um descenso que tem seguido até chegar a estar o passado 8 de maio "muito por embaixo dos custos de produção".
Lei da Corrente Alimentar
"Encontramos-nos numa situação muito grave, com uma queda dos preços que atingem mínimos históricos, tendo em conta o momento da campanha no que nos encontramos, ao início da temporada", tem transladado o secretário.
Góngora tem considerado "urgente" que se ponha em marcha a Lei da Corrente Alimentar "para valer". Em base a esta lei tem solicitado a abertura de uma investigação. A seu julgamento, "existe uma alta probabilidade de que nos encontremos ante práticas especulativas por parte da grande distribuição e das correntes de supermercados".
Pressão dos supermercados
O dirigente tem aludido a que as circunstâncias que rodeiam este início de campanha se estão a ver "pioradas agora" pela "pressão" sobre os preços exercida pela "grande distribuição". O que se soma "ao baixo volume de produção " que se espera neste cultivo devido à extrema situação de seca e "ao brutal incremento de custos".
"Achamos que as correntes de supermercados podem estar a pactuar para pressionar à baixa, já que não é normal que ao início da campanha já estejamos a ver promoções em determinados lineares quando ademais mal há produção", tem remarcado Góngora.
Mudança de rumo
O secretário provincial de COAG tem sublinhado que "a AICA tem que vigiar o que está a ocorrer ao longo da corrente com este cultivo. Não pode ser que em nossas empresas de comercialização estejam mau vendendo um produto com um volume de produção baixo".
O dirigente tem reclamado uma "mudança de rumo". Tem advertido do perigo de "estas práticas especulativas que se escondem depois da situação actual de queda em picado dos preços da sandía face à campanha de verão".