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A corrente de roupa 'low cost' Pimkie fecha todas suas lojas em Espanha
No sector da moda, algumas marcas triunfam e encontram seu lugar como Inditex, enquanto outras não conseguem destacar e terminam abandonando sua actividade
Espanha despede as lojas da corrente de roupa low cost Pimkie. Seu nome, quiçá, não soe muito de primeiras e essa é uma das razões de sua finiquito e, é que, no sector da moda, algumas marcas triunfam e encontram seu lugar como Inditex, enquanto outras não conseguem destacar e terminam abandonando sua actividade. Este é o caso de Pimkie.
A companhia começou em 1971 na cidade de Lille, França, quando a marca decidiu dar um salto audaz para a cena da moda feminina. A assinatura desde seus inícios propôs-se oferecer às mulheres uma experiência de compra única e acessível, desafiando as convenções estabelecidas no mundo da moda.
Não aguentou o posicionamento
A assinatura francesa sempre tem contado com um enfoque inovador no desenho e uma grande capacidade para capturar as tendências emergentes que rapidamente lhe levaram à marca a se expandir a nível internacional. Pimkie levava já vários anos sem saber aguentar o oco e o posicionamento no mercado e entraram em decadência com fechamento de lojas e redução de modelo, num primeiro momento no França, mas este 2023 parece ser que em Espanha também baixa a persiana.
Neste contexto, a estratégia faz três anos de Pimkie foi abrir outlets, uma prática muito estendida no sector do retail quando escasean os bons resultados como via de salvação. No caso particular da assinatura francesa, as acções para incrementar sua facturação em Espanha foram do mais variadas e somaram em seu momento a abertura de um novo estabelecimento.
A decadência
Em meados de setembro, contava ainda com uma rede de 10 estabelecimentos e um modelo de 38 trabalhadores. Sem esquecer que em setembro a família Mulliez tinha estado procurando, isso sim, sem sucesso, um novo accionista ou proprietário da corrente para salvar o que fosse possível de sua estrutura. Finalmente, Pangea Retail, a consultora de expansão da assinatura francesa em Espanha, tem anunciado, através de suas redes sociais, o fechamento de toda sua rede comercial.
Neste contexto, no passado a assinatura tinha tido uma boa época em Espanha, na que chegou a somar um total a mais de 70 estabelecimentos, mas a situação foi piorando pouco a pouco. Não foi até 2022, quando fechou 16 lojas e eliminou um total de 52 postos de emprego. A situação nestes momentos que se vive no França é de incerteza. A actual equipa directiva tem posto em marcha um plano de redução de custos, que suporá a exclusão de 64 lojas e 257 postos de trabalho entre 2023 e 2027. Em 2022, contava com 302 lojas nesse país, com umas vendas de 319 milhões de euros.
O grupo Mulliez cai-se em picado
A família Mulliez é bem conhecida em Espanha, já que são donos de Decathlon , Alcampo e Kiabi, além de que também eram os proprietários de Pimkie e Orsay. A família francesa dispõe de um grande império que se estende por todo mundo, graças à grande quantidade de marcas com as que conta e seus estabelecimentos. Mas, desde faz anos, uma de suas marcas, mais mais especificamente, Pimkie, não tem parado de dar aos dirigentes deste império mais que desgostos.
Em 2022, os Mulliez encontravam-se numa busca activa e rápida de um comprador para a empresa de moda Pimkie. No económico, a filial da marca em Espanha anotava perdas de 1,26 milhões de euros e uma facturação de 48,5 milhões em 2019, último exercício do que se têm dados. No entanto, em 2023, quando Pimkie caiu em mãos de um consórcio francês formado por Lee Cooper France, Kindy e Ibisler Tekstil, não conseguiram dar com a tecla para conseguir uma estrutura saneada e sem dívidas desde sua aquisição. Algo que em Espanha não tem sido possível.
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