Um total de 687.496 pessoas encontravam-se na lista de espera para consultas externas na Comunidade de Madri o passado setembro, quase 29.000 pessoas mais que em agosto. No entanto, pese ao incremento de pacientes que aguardavam seu cita com um médico especialista, o tempo para aceder a uma primeira consulta se manteve quase igual que no mês anterior, com uma média de 69 dias (no mês anterior foi de 68,97 dias).
Os valores mais recentes da CAM em consultas continua sendo inferior à média estatal que, segundo o último relatório do SISLE-SNS elaborado pelo Ministério de Previdência pertencente ao segundo semestre de 2022, situa a demora estatal média em 95 dias. Não obstante, na região madrilena é possível acelerar o tempo de espera em função do hospital eleito, inclusive até por embaixo dos 10 dias.
Os melhores tempos
Assim ocorre no Hospital Universitário Geral de Villalba, que com 8,31 dias em media se apresenta como o centro da rede pública madrilena com menor espera para ver ao ginecólogo, neurólogo ou outros especialistas médicos. Quase com uma cifra idêntica, a Fundação Jiménez Díaz brinda uma espera parecida (8,33 dias) como também o faz o Rei Juan Carlos, com 8,77 dias. Finalmente, na CAM, é possível ter uma cita com o especialista em menos de 10 dias se se vai ao Infanta Elena (9,37 dias em media), a tenor dos últimos dados registados em setembro.
Depois dos bons dados destes quatro hospitais, que respondem a um modelo de gestão mista, os tempos para uma primeira consulta se elevam para além do mês; o quinto melhor tempo regista-o o Gregorio Marañón com 35 dias de demora média. O Infanta Cristina (41 dias), o de Torrejón (45,24 dias), o de Santa Cristina (52 dias), o 12 de Outubro (53 dias), a Fundação Alcorcón (53,27 dias), o do Tajo (53,54 dias), o Infanta Leonor (54,20 dias), o do Escorial (57,95 dias), e o Central da Cruz Vermelha San José e Santa Adela (59,19 dias), são os centros que lhes seguem com tempos por embaixo dos dois meses de espera.
Entre os dois e três meses
Nove hospitais públicos madrilenos brindam tempos entre os dois e os três meses, entre os que se encontram alguns de alta complexidade como o Clínico San Carlos (64,99 dias), o Porta de Ferro Majadahonda (67,64 dias) ou o da Princesa (75,87 dias).
A espera para ver ao especialista pelo sistema público de saúde madrileno atinge os três meses em centros como o Ramón e Cajal (93,65 dias) e supera os 100 dias em el Príncipe de Astúrias (100,43 dias) e La Paz (101,41 dias). Uma diferença de 93 dias separa os primeiros hospitais da classificação dos últimos para ir ao especialista na CAM.
Neurología, a especialidad com maior demora
No conjunto do Estado, a especialidad que aglomera as esperas mais longas em consultas externas é a de neurología com 113 dias em media. Tendo em conta os dados de setembro, a espera para ir ao profissional do sistema nervoso nos quatro primeiros hospitais do ranking continua situando-se por embaixo dos 10 dias; 8,13 dias de espera no caso da Fundação Jiménez Díaz; 9 dias no Infanta Elena; 9,47 dias no de Villalba; e 9,88 no Rei Juan Carlos.
Pelo que respecta aos hospitais madrilenos que ocupam a parte baixa da classificação em consultas externas, duas deles também apresentam tempos muito inferiores à média espanhola para ir ao neurólogo. Desta maneira, o Ramón e Cajal tem uma espera média de 41,17 dias; no Príncipe de Astúrias, o tempo de espera é de 80,37 dias. Não obstante, no caso de La Paz, demora-a não só supera à cifra nacional sina que ademais atinge os quatro meses, com 123,17 dias de média.