A despesa média em compras on-line ascende, melhoram os prazos de entrega dos envios, descem as devoluções e Instagram coroa-se como a rede social através da qual se consome mais. Estas são as principais conclusões do Observatório Cetelem eCommerce 2021, realizado pela unidade de estudos de BNP Paribas Pessoal Finance.
Segundo esta análise o consumidor gasta-se em internet uma média de 2.336 euros, o que supõe um 11 % mais que no ano passado. A despesa aumenta em todas as categorias, sobretudo em descanso, gaming e formação. A nível de produtos, os que mais têm crescido são carros e acessórios (mais de seis pontos), calçado e complementos (mais de quatro) e moda e lazer (mais de três). Os produtos de saúde e beleza e dispositivos móveis também têm estado entre os mais desejados. Face ao ano que vem, se prevê que o consumo on-line siga subindo e o faça em lazer (72 %), moda (71 %) e viagens (66 %).
Os envios melhoram, as devoluções baixam
Entre os aspectos que têm melhorado no comércio on-line neste ano, o estudo de Cetelem destaca os processos de logística: um 85 % dos consumidores tem notado melhoras substanciais, sobretudo entre os prazos de entrega (um 53 % menciona-os) e o rastreamento digital do pedido (31 %).
Também melhoram as devoluções: enquanto em 2021 um 36 % afirma ter devolvido algum produto, esta percentagem era de 38 % em 2020. O que mais se devolveu nestes doze meses são, sobretudo, produtos de roupa e calçado.
As redes sociais ganham peso, sobretudo Instagram
À hora de fazer suas compras, sete em cada dez compradores utilizam seu Tablet ou smartphone, onde compram sobretudo artigos de moda, lazer, calçado e complementos. Através destas vias, acedem a suas redes sociais, que em 2021 se converteram num importante foco de consumo: o 13 % de utentes acede a elas para comprar, por um 9 % de 2020, e oito em cada dez consideram que a experiência é muito boa ou boa.
Neste sentido, ainda que Facebook segue sendo a primeira opção para comprar, o é menos que em 2020 (um 49 % compra por esta via em frente a um 60 % de faz um ano). A rede que mais sobe é Instagram, utilizada por um 44 % de consumidores em frente ao 35 % de 2020. Quem não utilizam as redes para comprar o fazem sobretudo pela falta de confiança (num 37 % dos casos).