Com o início do Ano Novo chega uma das épocas favoritas para o consumidor: as rebajas. Enquanto muitos acostumaram-se a comprar com só um clique e outros tantos preferem consumir por internet ante a evolução da pandemia, outros utentes são habituais das lojas físicas e as elegem para encontrar os maiores descontos.
No entanto, onde se escondem as melhores rebajas? Estão a ganhar os e-commerce a batalha dos preços baixos ou as ofertas seguem fora da rede?
As rebajas on-line e off-line
"Agora mesmo, as melhores rebajas são as de internet. De facto, muitas ofertas que há nos e-commerce não existem nas lojas físicas", comenta Juan Merodio. O fundador de Tekdi Institute considera que neste ano a maioria dos presentes de Reis se vão comprar por internet, onde, assegura, as rebajas são "brutais", isto é, do 40 % ou do 50 %.
Não obstante, Raúl García Serapio, director de Neuromobile , é mais partidário de compra-las nos comércios físicos. "Ainda que não é algo nem alvo nem negro, as rebajas como tal são físicas", opina. Ademais, indica que o consumidor "está em contínua rebaja" e que nos convertemos em "cuponeros e buscachollos".
São todas as ofertas reais?
Outros experientes convidam a duvidar da veracidad de algumas ofertas. "O primeiro problema é a realidade das rebajas: realmente são-no ou são uma mentira?", propõe Javier Echaleku, fundador de Sales Funnel Canvas, em relação àqueles produtos que as marcas em aparência descuentan mas que depois se descobre que têm o mesmo preço.
Desde seu ponto de vista, este problema dá-se tanto em lojas on-line como off-line, mas é mais difícil de detectar nestas últimas. "Em internet tens ferramentas como archive.org, que te permitem ver versões anteriores de uma página e conhecer estes truques", sugere.
Mais do 80 % da venda em Espanha é em comércios físicos
Conquanto Echaleku destaca a possibilidade de encontrar os produtos a melhor preço pela rede, também faz referência às vantagens dos comércios físicos. "No comércio local encontras cercania e existe o componente da proximidade se tens um problema: num e-commerce podes comparar, mas se há algum incidente isso o resolves rapidamente na loja física", aponta.
García Serapio recorda que "mais do 80 % da venda em Espanha é em lojas físicas", onde a experiência é determinante. A diferença, assinala, é o modo de utilizar ambos canais. "Quando um utente se desloca a uma loja, vai de compras; no comércio on-line vai-se directamente a adquirir algo, tendo claro o que se quer", sustenta. Conquanto recomenda comprar por internet se é mais barato à loja presencial, reconhece que "é mais segura uma rebaja off-line".
Súper descontos e fraudes
Merodio admite que "o ponto de venda física é o lugar onde a rebaja é real, enquanto em internet nunca sabes se o preço em 10 minutos tanto faz ou diferente ao de faz meia hora". Neste sentido, Echaleku explica por que as maiores rebajas se encontram nestes estabelecimentos. "Uma loja física com armazém próprio tem que pagar o armazenamento desses produtos, e não lhe fica outra que fazer bons descontos para lhos tirar de em meio. Mas na rede é habitual que os produtos os aloje um provedor, ao que se lhe pedem quando o utente os compra, com o qual não interessa fazer tanta rebaja", expõe.
Apesar disto, o especialista em márketing e vendas recomenda que o consumidor não se guie tanto pelos preços. De fazê-lo, "é muito provável que sofra mais enganos ou fraudes", o qual, ademais, é mais fácil pelo site. "Há que ter muito olho com os súper descontos e com as marcas que os oferecem, se não dão uma garantia real", conclui.