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CircleHome, um "Airbnb gratuito" para viajar com alojamento a 0 euros por noite por todo mundo
Esta startup espanhola dirigida a um público jovem oferece aos seus clientes a possibilidade de trocarem as suas casas de férias, sendo a segurança o principal fator de diferenciação.
Ir de férias ou fazer uma simples escapadela pode resultar às vezes muito caro. Um dos custos mais importantes nas viagens é o alojamento, chegando a representar mais de 60% da despesa total. A CircleHome nasce com o objectivo de dar-lhe a volta às viagens e que o alojamento seja o mais barato ou inclusive gratuito.
David Liria e Xavier Lloveras são os responsáveis por esta plataforma que nasceu de um projeto de final de curso para dar vida a uma empresa de troca de casas para férias. Como explica um dos seus fundadores, David Liria, à Consumidor Global, "o preço do alojamento é a razão pela qual as pessoas não viajam tanto quanto gostariam".
Uma app de troca de casas
"A principal vantagem de usar a CircleHome é que no momento que desbloqueias o alojamento ilimitado e gratuito, o conceito de viajar muda completamente", aponta Liria. Um "Airbnb gratuito" é a definição mais simples para explicar a plataforma, com a diferença de que, "em vez de pagar uma casa, deixas que alguém vá à tua, de forma que podes viajar tantas vezes como queiras sem ter que pagar alojamento", acrescenta o responsável.
O funcionamento do CircleHome é simples. Para se registar na aplicação, o utilizador tem de carregar um alojamento, ou seja, tem de contribuir com uma casa para a plataforma. São solicitadas imagens de todas as divisões e uma breve descrição, bem como fotografias e dados do utilizador para verificar a sua identidade.
Como usar a CircleHome
Uma vez que a equipa verifica a casa e a identidade da pessoa que se regista, já se pode fazer uso da plataforma. Isto significa acesso livre e completo a todas as casas que há pelo mundo, consultar as datas propostas pelos proprietários e conversar por chat para agendar uma troca.
Mas não é qualquer casa que pode fazer parte do CircleHome. "Temos um padrão mínimo. Se acharmos que a casa não é suficientemente interessante para os utilizadores, não a aceitamos. Em geral, vemos se estão bem conservadas e em cidades interessantes", diz Liria, que lembra que as casas também podem ser carregadas quando são alugadas, uma vez que não são lucrativas.
É seguro?
Lançar uma troca de casas para férias pode gerar dúvidas e os próprios fundadores da plataforma reconhecem a insegurança que isso pode gerar. "É perfeitamente normal que exista esse sentimento; eu também teria medo se não soubesse quem é que ia entrar em minha casa. É por isso que o melhor é oferecer uma segurança infalível, uma apólice de seguro que cubra absolutamente tudo", explica Liria.
Esse seguro com o que conta CircleHome cobre até 5 milhões de dólares (4.640.725 euros) e, ademais, afirmam cumprir com outros padrões de segurança como é a verificação da identidade dos utilizadores e da casa subida à plataforma.
Dirigido a jovens
"Penso que o que torna mais clara a segurança da nossa plataforma é o facto de, para que o nosso negócio seja rentável com um seguro que cobre até 5 milhões de dólares, cada troca deixa um risco praticamente nulo. Os números não bateriam certo se tivéssemos que usar um seguro", argumenta o fundador da CircleHome.
Para além da segurança, outro valor que os distingue de outras aplicações de troca de casa é o seu público-alvo. "Não há nenhuma plataforma no mercado dedicada a jovens entre os 25 e os 40 anos que queiram viajar várias vezes por ano, só há plataformas para reformados ou famílias. Nós estamos vocacionados para um perfil de nómada digital", afirma David Liria.
Uma subscrição anual de 100 euros
Embora estejam a ser exploradas novas formas de utilização da plataforma, atualmente, a única forma de utilizar o CircleHome é através de uma subscrição anual de 100 euros que permite trocas ilimitadas com seguro incluído.
CircleHome aloja na sua plataforma casas de todo mundo, ainda que no momento esteja centrada em cidades europeias como Barcelona, Madrid, Roma, Londres, Berlim ou Budapeste, onde querem aumentar o número de utilizadores. "Temos algumas casas esporádicas no México, Estados Unidos, Tailândia, Argentina ou Brasil, mas ainda não fizémos a expansão", conclui David Liria.
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