O sindicato de Técnicos do Ministério de Fazenda, Gestha, estima que mais de oito milhões de pessoas beneficiar-se-ão do cheque de 200 euros de ajuda à compra de alimentos aprovado pelo Conselho de Ministros nesta terça-feira.
Esta ajuda faz parte do terceiro pacote de medidas para fazer frente às consequências económicas e sociais da guerra de Ucrânia e a tendência de ascensão da inflação.
Quem pode pedir a ajuda de 200 euros para alimentos
Gestha valoriza positivamente este cheque de ajuda a 4,2 milhões de lares, que injectaria mais de 1.300 milhões de euros a lares com rendas inferiores aos 27.000 euros anuais e com um património não superior aos 75.000 euros. Não obstante, o sindicato dos Técnicos de Fazenda tem proposto estabelecer dois custos nos cheques: um para famílias com até 14.000 euros de rendimentos e outro para as que recebam rendas entre os 14.000 e 27.000 euros.
Ficam excluídos de dita ajuda, que perceber-se-á num pagamento único, os pensionistas e os perceptores do Rendimento Mínimo Vital.
Os mais beneficiados e a rebaja temporária do IVA
Segundo os cálculos de Gestha, a comunidade na que um maior número de pessoas beneficiar-se-iam desta ajuda é Cataluña (1,4 milhões de pessoas), seguida por Madri (1,27 milhões) e Andaluzia (1,22 milhões).
Por outra parte, os Técnicos de Fazenda entendem que o Governo aprove a rebaja temporária do IVA de determinados produtos básicos para conter parcialmente a inflação dos alimentos, conquanto consideram que é uma medida ineficaz para abordar as causas do alça desses preços.