Já o vió Marty McFly, mas o futuro fora do ecrã chegará no ano que vem com os primeiros táxis voladores eléctricos, como o de Volocopter. Seu deveria estar oficialmente em serviço para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Com este eVTOL (siglas em inglês para uma aeronave eléctrica de descolagem e aterragem vertical), "os pilotos de helicópteros têm que desaprender várias concorrências muito especializadas", agrega o piloto Paul Stone.
O eVTOL Atea da empresa emergente francesa Ascendance Flight Technologies anunciou 110 novos pedidos, o que eleva o total a 505. Por sua vez, United Airlines encarregou 100 aeronaves à companhia estadounidense Archer por mais de bilhão de dólares. Seu modelo Midnight pode transportar a quatro passageiros, além do piloto.
Substituir uma viagem de 90 min por sozinho 5
"Podemos remplazar um trajecto de 90 minutos em carro por um trajecto de cinco minutos", afirma a AFP o fundador e chefe de Archer, Adam Goldstein. Ao usar energia eléctrica, o custo de manutenção é mais baixo que os helicópteros, segundo Goldstein, que recusa a habitual crítica de que estes aviões serão para os mais ricos.
"Pode-se compartilhar o custo entre uma base de utentes bem mais ampla, fazendo voar os aviões bem mais", afirma. Atraídos por este novo mercado potencial, os fabricantes consagrados não querem perder o comboio.
Ninguém quer perder o comboio
O estadounidense Boeing investiu assim em massa na empresa Wisk Aero, que tem desenvolvido um eVTOL sem piloto, apresentado também em Lhe Bourget.
"Estamos absolutamente decididos a ter o primeiro avião autónomo certificado", sublinha Brian Yutko, o dirigente de Wisk, que não dá datas precisas mas tem em mente os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028.