Numa adega da Mancha cujo nome é fácil de recordar, O chama X, não tem muito tempo que um pai e um filho recuperam velhos viñedos e variedades locais para elaborar o vinho que beberia Cervantes em 2024.
José Joaquín Ballesteros filho e José Joaquín Ballesteros pai, basta com recordar um dos dois nomes, são os artífices deste projecto que começou a fraguarse em 2020 e que hoje conta com sete vinhos únicos e sinceros, muito terruños e naturais, alguns deles, inclusive, criados em tinajas de varro centenarias.
Chama-o X
"Queríamos apontar à revolução dos vinhos manchegos e dotá-los de personalidade", expõe a este meio José Joaquín Ballesteros filho, no marco da feira Barcelona Wine Week.
Pai e filho, ambos albaceteños e enólogos de profissão, estão "orgulhosos de ser manchegos", por isso apostam por variedades autóctonas minoritárias como Airén, Moravia, Bobal, Crujidera ou Cencivel, entre outras.
Vinhos naturais
"Levamos a cabo umas elaborações de mínima intervenção procurando uns vinhos o mais naturais possível", explica José Joaquín Ballesteros pai, que leva toda a vida dedicando ao sector vitivinícola.
Villarrobledo, o povo onde se encontra a pequena adega familiar, é tinajero por excelência. Daí que pai e filho tenham ido recuperando tinajas de varro centenarias, uma rara avis a dia de hoje. "A tinaja de varro permite respeitar muito a frescura e a autenticidad do vinho. Coisa que a madeira não oferece", coincidem os Ballesteros.
Garrafas e preços
O navio insígnia de Chama-o X é Caminollano (26 euros), um vinho branco brisado, com criação de quatro meses em tinaja de varro e de dois meses em barrica de roble francês, de variedade 100% Airén.
Também destaca o vinho que dá nome à adega, O chama X (11 euros), um tinto blend com muita personalidade elaborado com as variedades Cencibel, Moravia e Bobal. Por último, Chama-o Ancextral (18 euros) é um vinho branco espumoso natural PetNat e aposta-a mais valente de José Joaquín Ballesteros, pai e filho.