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Centos de vítimas da fraude em massa das entradas para os concertos de Coldplay em Barcelona
Os Mossos e a Polícia Nacional recolhem média centena de denúncias e pesquisa a dois homens como os principais suspeitos da venda fraudulenta através de redes sociais
Coldplay tem dado muito de que falar. O canto a pleno pulmão de um estádio quatro noites seguidas na capital catalã. Uma maré colorida de pulseras que destellaban luz, com saltos, gritos e lágrimas de emoção. Fogos artificiais, tributos à recentemente falecida Tina Turner, e a irrupción dos Gipsy Kings. Todo mundo queria participar no show dos britânicos, mas as entradas tinham um limite. E aí, é quando entram em acção as fraudes.
Os Mossos d'Esquadra e a Polícia Nacional têm recolhido média centena de denúncias por fraude das entradas para os concertos de Coldplay em Barcelona. Por enquanto, abriu-se uma investigação a dois homens como os principais suspeitos da venda fraudulenta através das redes sociais. Um tal Gabri e um tal Pepe.
Até mil vítimas
As autoridades dispõem de seus nomes, apellidos, documentos de identidade autênticos, contas bancárias, telefones... Um sinfín de dados que durante os últimos meses ofereceram a suas vítimas com absoluta tranquilidade, com a certeza de que, quiçá de um num, a fraude não chegaria a grande porto, mas sem prever que os afectados poderiam se unir e as acusações contra ambos seriam contundentes.
Os pesquisadores calculam que o número de afectados poderia atingir tranquilamente as mil vítimas. Mil pessoas que pagaram um preço razoável, nada disparatado, de uns 120 euros pela cada entrada de Coldplay. Os dois homens actuavam igual e falta comprovar se entre ambos há algum tipo de conexão. Um é de Jerez e o outro de Sevilla, e ambos residem em Madri.
Os estafadores
Gabri não tem antecedentes, mas Pepe sim, pelos mesmos factos em concertos anteriores. Nas últimas horas, ao menos Gabri tem começado a devolver o custo das entradas. Mas não a todos. Outros têm recebido um documento conforme se fez uma transferência que não tem chegado.
A empresa encarregada dos filtros no estádio tem um sistema que em breve confirmará quantas das entradas que chegaram aos acessos foram identificadas como falsas em quatro dias. Com esse dado, os pesquisadores conhecerão o alcance de uma fraude que, acima de tudo, tem jogado com a ilusão de muita gente que ficou sem assistir ao concerto.
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