"Até agora tudo ia perfeito. Comprei um livro digital e ao princípio podia-o ler no site da Casa do Livro, mas de repente já não pude o fazer e após reclamar em várias ocasiões não me souberam dar nenhuma solução", começa a relatar Sandra S. C. A corrente de livrarias passa de Tagus para aliar-se com Vivlio, companhia francesa que trabalha na inovação em produtos digitais, no entanto, como Sandra, muitos clientes têm tido que interromper sua leitura devido a esta mudança.
"Dizem-me que me descarregue um programa e ainda que mo descarrego sigo sem poder o ler porque me diz que não é compatível", comenta com desespero a utente. "Tenho posto cinco reclamações, demoram em responder 24 horas e não me dão soluções. Não vou comprar nenhum livro mais", adverte. Também Mercedes Ynoa assinala que dantes "podia comprar os ebooks e os ler on-line, mas têm feito uma actualização do ereader e é pior que o anterior".
"Não o compreis"
Assim mesmo, Ynoa detalha que a cada vez que entra à página site da Casa do Livro e deseja continuar com alguma leitura, tem que voltar a iniciar sessão em Vivlio. "Deveriam arranjá-lo. Se já tens iniciado sessão na Casa do Livro, pára que tens que voltar a iniciar sessão ao começar a ler um livro?", pergunta-se a afectada.
Ante esta queixa, desde a corrente expressam a Consumidor Global que se se acedes à biblioteca desde Casa do Livro, a primeira vez vai pedir entrar com utente e senha em ebooks.casadellibro.com (será o mesmo utente e senha que a de Casa do Livro), mas uma vez se aceda, se o utente não faz logout, a sessão vai ficar aberta e não será necessário que volte a iniciar sessão. "É verdadeiro que este processo vai ter que se realizar na cada dispositivo novo. De todas formas, estamos a trabalhar em melhorar esta funcionalidade para que a experiência do utente seja o mais óptima possível", apontam.
Como afecta o altero para Vivlio Casa do Livro?
Os ebooks da Casa do Livro podem-se comprar desde o computador ou o ereader e no móvel ou tablet com o aplicativo, só há que procurar o ebook e o acrescentar à compra. Encontra-se dentro da biblioteca e também se pode ler o ebook com a app. "Se alteras-te para Vivlio Casa do Livro seguirás mantendo todos teus ebooks comprados até agora para teu dispositivo Tagus, mas não alojar-se-ão algumas das acções realizadas como o que tinhas sublinhado, anotações, marcadores e pontos de leitura", destacam desde a corrente de livrarias.
Por outro lado, desde a Casa do Livro expõem que por agora os clientes poderão continuar como utente Tagus --usando os ereaders antigos ou a app Tagus-- e terão toda a informação. "No momento em que se deslogueen do dispositivo, perder-se-ão todas as mudanças, mas conservar-se-ão os ebooks", explicam. "Em ambos casos poder-se-ão comprar novos ebooks, sempre desde Vivlio ou desde casadellibro.com, e aparecerão na biblioteca", acrescentam.
Um sistema amplamente utilizado
Ao passar de Tagus a Vivlio, a Casa do Livro une-se a uma aliança de grandes livreiros e revendedores europeus que já utilizam a solução francesa e que pretendem conseguir um produto europeu de leitura digital líder. Cabe destacar que Vivlio é sócio de quatro das principais livrarias do França, Cultura, Leclerc, Système Ou e o grupo Nosoli (Furet du Nord / Decitre); da primeira rede de livrarias em Bélgica, Standaard Boekhandel e Clube; e do maior actor europeu no sector, as livrarias Divibib, em Alemanha.
Assim mesmo, a corrente oferecerá três modelos Vivlio: Touch Lux 4 renovado, Touch Lux 5 e Touch HD Plus. "Os leitores espanhóis poderão beneficiar-se de todo o ecossistema de leitura Vivlio: o espaço pessoal My Vivlio Cloud, os aplicativos móveis e os aplicativos de escritório", realçam desde a Casa do Livro.
As vendas de ebooks aumentam um 6%
Segundo um relatório da revendedora digital Bookwire, as vendas de ebooks têm aumentado um 5,7 % com respeito a 2021. "Há mercados, por exemplo, como Inglaterra, em onde o 20-25 % das vendas totais de livros se fazem em digital, enquanto em Espanha se acerca ao 9-10 %, ou seja ainda o 90 % de livros que se vendem são de papel", informa a Consumidor Global a responsável pela revendedora Mariana Féged.
No livro digital, o 23 % utiliza um modelo de assinatura nos que se paga uma quota mensal e um 11 % é através das bibliotecas. As bibliotecas públicas têm serviços de acesso a ebook. "O que sim que vemos é que nos últimos anos a assinatura vai ganhando quota, as bibliotecas vão ganhando quota e o que é venda unitária vai perdendo quota. A gente está a cada vez mais interessada em pagar uma quota ou ir à biblioteca e poder consumir os títulos e não em pagar um preço unitário por isso", concluem.