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Burger King obriga o seus estafetas a conduzir motos sem espelhos e sugere-lhes ir "mais devagar"

A rede de 'fast food' assegura que a multa correrá a cargo da empresa e que passarão trajectos mais curtos àqueles que viajem sem ou com um só retrovisor

Um estabaleceimento da Burger King / UNSPLASH
Um estabaleceimento da Burger King / UNSPLASH

"A empresa Burger King obriga os suas estafetas a conduzir motos sem espelhos". Assim denúncia a Social Drive, uma comunidade de condutores onde se partilha informação sobre o tráfico em tempo real, na sequência de um vídeo colocado no Twitter por um trabalhador da rede de 'fast food' queixando-se da situação à que lhe submete a empresa.

O estafeta mostra várias das motos que oferece a Burger King sem retrovisores ou só com um. Além disso, afirma que as restantes não as podem nem utilizar já que não lhes deram as chaves. "É uma vergonha que tenhamos que trabalhar assim", diz com indignação o empregado. E é que, além da falta de segurança, os estafetas também se expõem a uma sanção de 200 euros, tal como dita a Direcção Geral de Tráfico Direcção Geral de Tráfico (DGT).

"Que vão mais devagar"

No caso de uma motocicleta que ultrapasse os 100 quilómetros por hora como velocidade máxima, a lei e o regulamento estipula que deve levar dois retrovisores laterais. Isto é, uma moto que possa superar os 100 km/h deve levar obrigatoriamente um retrovisor direito e um retrovisor esquerdo. Não ocorre o mesmo com os ciclomotores, que não podem superar os 45 km/h, segundo marca a Lei de Tráfico. Neste caso, não será obrigatório que levem os dois retrovisores, se não que será suficiente com um deles.

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A conversa da Burger King com o estafeta / TWITTER

Por sua vez, a Burger King assegura que a multa correria a cargo da empresa. Assim mesmo, a rede explica que ao estafeta que circule com um único espelho passar-lhes-ão pedidos de trajectos mais curtos e na proximidade ao local onde trabalhe o estafeta. "Evidentemente ireis mais devagar", indica-lhe a empresa ao empregado denunciante através de uma aplicação de transportadora.

Não têm meios para reparar

Por enquanto, da Burger King afirmam que estão a recolher toda a informação que dão os seus trabalhadores à equipa da frota pois eles "não levam o tema das motos". Também reconhecem que, actualmente, não têm meios para reparar o problema. "Entendemos que é mais arriscado conduzir só com um espelho por isso indicamos o de ir mais devagar ou trajectos mais curtos", admitem.

A Consumidor Global pôs-se em contacto com a Burger King, mas até ao termo deste artigo, a empresa ainda não se tinha pronunciado a respeito.

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