Até faz pouco, Bnext era um banco livre de comissões. Isso era justo o que seduzia. Mas, do amor ao ódio há um passo e, o que dantes parecia um caminho de rosas, um giro inesperado tem posto de pernas para o ar a relação entre a fintech e seus clientes. "Que saibais que têm começado a cobrar comissão de manutenção. Levaram-se os escassos euros que tinha no cartão. Foi bonito enquanto durou, mas justo não ter comissões era o que lhe dava valor", alerta David Grisaleña.
"Por que cobrais comissão pelo cartão? Quando a adquiri era gratuita! Descadastrar-me-ei ea que tendes tirado todas as vantagens como devolver comissões de caixas, manutenção, etc.", assinala Alberto García. À pergunta deste utente, Bnext responde que "os cartões seguem sendo sem custo de manutenção, as contas inactivas têm comissão de manutenção e se utilizas tua conta com frequência é gratuita". Não obstante, os clientes sentem-se traídos.
A "traição"
Por sua vez, Jorge Rivera destaca que desde a entidade te enganchaban primeiro com boas condições. "Quando já o usas e te acostumas, zasca. Descadastro-me, adeus", explica. Desde Bnext defendem-se e asseguram que "as contas inactivas supõem um grande custo para a empresa financeira e, por isso, a essas contas se lhes aplica comissão de manutenção".
Desta maneira, aqueles clientes que não se mantenham activos mês a mês este custo de manutenção será de 4,99 euros se a inactividade supera os três meses. "Em Bnext queremos construir um negócio sustentável no tempo. Nosso objectivo principal é promover um plano de captación e fidelización de clientes de qualidade, premiando a confiança de todos eles", assinalam fontes da fintech.
Também cobram se não se cumprem uns requisitos
Por outro lado, Bnext aclara a Consumidor Global que cobrará 0,99 euros ao mês aos utentes que não tenham seu nómina domiciliada, não sejam Premium do programa B3X, não façam envios de dinheiro por mais de 100 euros, compras em criptomonedas por mais de 50 euros ou não tenham compras ou rendimentos por um custo igual ou superior a 300 euros no último mês.
O experiente em banca Unai López conta que se trata, sobretudo, de um movimento comercial. "Manter uma conta que não se utiliza gera uma gestão de logística, um trabalho de documentação… É um custo para o banco. O tempo para revisar todo e responder ao Banco de Espanha vale dinheiro. O espaço tecnológico vale dinheiro", argumenta.
É um negócio para fazer dinheiro
"Em Espanha, desgraçadamente, o 80 % dos bancos cobram comissões de manutenção a seus clientes. Até agora, Bnext era dos poucos que não o fazia, mas é um negócio que como todos procura gerar dinheiro", realça López.
Por outro lado, cabe destacar que as operações em outra divisa (compras ou retiradas de efectivo) tendrán um custo do 0,5 % na União Européia e do 1,8 % mais 0,49 euros no resto do mundo.
As transferências, outra cobrança
As transferências a outras entidades em zona euro custarão um euro a cada uma e serão grátis para as contas com nómina domiciliada, com rendimentos ou compras a mais de 300 euros ao mês ou com transferências internacionais a mais de 100 euros ao mês. As transferências internacionais ao estrangeiro terão um custo dentre o 1,5 % e o 5 % do custo transferido, dependendo do país.
Com respeito aos cartões, será grátis a emissão do primeiro cartão virtual, enquanto as adicionais terão um custo de três euros. Os cartões físicos terão um custo de emissão de 4,5 euros e um custo de envio dentre 2 e 5 euros. Por último, os rendimentos e retiradas de efectivo em estabelecimentos filiados terão um custo do 1,6 % (com um mínimo de 2 euros) para os rendimentos e de 1,2 euros para as retiradas.