Quatro palavras (Shop like a billionaire, compra como um multimillonario) e uma canção pegadiza bastaram pára que os estadounidenses se apressassem em fevereiro, durante a final da Super Bowl, a descarregar Temu, o novo fenómeno de compras através de internet. Seu catálogo infinito a preços irrisorios conquistou o mercado norte-americano. Em pouco tempo a conquista estendeu-se a Europa, e Espanha não tem sido a excepção.
O de Temu ia para além. A aspiração da empresa chinesa era adentrarse na casa real das vendas on-line, cujos membros são AliExpress, Amazon e Shein. Para isso, apostou por gangas que surpreendiam e embrujaban ao cliente. De facto, a maioria dos produtos que se oferecem contam com um desconto do 90 %. Ademais, para fazer mais ruído, também lançaram uma promoção muito agressiva que consistia em prometer dinheiro grátis através de uns códigos. Agora, a toda esta magia se lhe vai vendo o truque.
Via-se vir
"Ouve, pois ao finol parece que Temu sim era uma fraude", reconhece Afasto J. depois de levar-se várias decepções com o aplicativo. Como esta declaração, outras muitas se repetiram nas redes sociais nas últimas semanas o que tem semeado o pânico entre milhares de utentes. "Agora resulta que Temu, a famosa cópia de AliExpress era uma fraude para roubar cartões de crédito", destaca Alejandro T.
Ainda que alguns asseguram que viam desde longe os segredos que há entre bambalinas, outros ainda precisam uma rotunda confirmação para deixar de crer nos códigos do aplicativo. "Começa a sair-me gente em TikTok dizendo que Temu é uma tremenda fraude e que lhe estão a roubar dinheiro à gente. Não me informei muito, mas desde um princípio a ideia de que te presenteiem algo pela cara é uma pouco rede flag", comenta uma utente em Twitter. "Alguém que me confirme que Temu é uma fraude? Vejo muita gente dizendo-o mas sem nenhuma fonte nem provas", questiona outra utente. Esta é a resposta.
As armadilhas de Temu
Agora o vês, agora não o vês. Disso se trata o truque de magia de Temu. Ao entrar no aplicativo, os preços de vários produtos chamam escandalosamente a atenção por seu baixo custo. Por exemplo, a garrafa de água desportiva portátil que comercializam, em princípio, custa 47 céntimos por tempo limitado. É uma oferece relâmpago de modo que o cliente deve de se dar a maior pressa no adquirir. Nesse momento a plataforma aproveita para despistar e fazer sua armadilha.
Selecciona-se a capacidade e depois a cor. O vermelho são 4,47 euros, igual que o azul e o morado. Que é o que vale 47 céntimos? "Umas putas pegatinas que sem vir a conto a puseram aí com a botellita para o pôr de isca. Estão a pôr-te a foto da garrafa com o preço das pegatinas. Pois isso o vi já com muitos produtos", explica um utente em sua conta de Twitter, onde também afirma que vai apagar o aplicativo "porque é uma fraude".
É legal?
Yago González, experiente em negócio digital (CMO & Founder em Eu ponho o gelo) explica a Consumidor Global que "há muitos buracos no processo e que desde as tendas culpados não se tem muito interesse em tampar". O experiente faz finca-pé em que é mais frequente em lojas on-line chinesas que nas demais. Este problema ocorre por três motivos: incentiva-se que ocorra –como parece o caso--; por erro humano; ou por impossibilidade técnica de fazer de outra maneira.
"A base deve-se a que nestas lojas se permitem os atributos de produto. Um atributo ajuda mudo a eleger o produto adequado, como a talha ou a cor", expõe González a este meio. "No entanto, os atributos permitem uma utilização incorreta, como é este caso, no que se acrescenta como atributo um produto totalmente diferente", acrescenta.
Os códigos, outra treta
Por outro lado, cabe recordar o assunto dos códigos para "conseguir dinheiro grátis". Após obter uma vitória em certos minijuegos aos que se chega depois de introduzir códigos que se devem compartilhar com outros utentes, à hora dos trocar, se pode eleger entre um bono para o aplicativo ou 20 euros que se podem transferir directamente a uma conta de PayPal.
Estes códigos remetem a outros lugares site parac omprar produtos gratuitos ou conseguir descontos. Mas trata-se de outra treta, já que só querem se combinar com os dados bancários e realizar cargos indevidos. A viralización dos códigos tem esgotado a paciência de alguns. "A próxima pessoa que me mande o puto código do Temu se leva um bloqueio", alerta um internauta.
Reseñas más
Em Trustpilot , as reseñas também não são más, ainda que repetem-se as referências a supostas falsas promoções. Por exemplo, há quem afirmam que o sistema de vendas é enganoso. Também há quem mencionan "brechas na segurança de teus dados", problemas para fazer a devolução ou dificuldades para contactar.
Por sua vez, nos Termos e Condições de Temu há algumas indicações pouco halagüeñas. "Não temos controle nem garantimos a existência, qualidade, segurança, adequação ou legalidade dos produtos ou a veracidad, exactidão ou legalidade de qualquer informação contida nas listagens de produtos ou outra informação proporcionada pelos vendedores ou outros utentes. Ademais, não somos responsáveis pelo desempenho ou a conduta dos vendedores ou outros utentes, incluída a capacidade dos vendedores para vender produtos ou que um vendedor realmente complete um pedido", explicam. Esta app em auge tem caído por seu próprio peso.
Este meio pôs-se em contacto com Temu para conhecer sua posição com respeito às práticas aqui denunciadas, no entanto, ao fechamento desta reportagem não tem recebido resposta.