Sacas o móvel, abres uma app e uma cabine completamente automatizada dá-te as boas-vindas. Dentro, um ecrã permite seleccionar entre vários tipos de diagnósticos médicos. Um pouco mais adiante, aparece uma butaca rodeada de dispositivos; entre eles, reposabrazos com sensores para as mãos. Não há ninguém mais que tu na sala, só uma inteligência artificial te fazendo perguntas (e provas) para identificar se tens algum problema de saúde. Essa é a proposta de Forward Health, uma startup de inteligência artificial aplicada à medicina.
A empresa tem apresentado CarePod, o habitáculo com o que quer marcar o futuro das consultas. Ainda que já tinha lançado diferentes produtos de IA relacionados com os diagnósticos médicos, não tem sido até agora quando tem aunado todos seus achados nesta cabine, tal e como mencionam no Confidencial.
Que serviços oferece
Os serviços que oferece são o escaneo de corpo completo, análise cardíaca, provas de tiroides, pressão arterial, controle de importância, detecção de diabetes, prova de covid ou detecção de HIV, entre outros. Deste modo, a cabine também está capacitada para tomar mostras da garganta, medir a pressão arterial ou extrair sangue.
Para a cada caso, aparece um brazalete, hisopo ou o dispositivo que seja necessário. Uma vez faz-se o diagnóstico, aparece em ecrã. E se requer-se maior profundidade, uma equipa de médicos —contam com uma centena em modelo— intervém de forma remota e pode, por exemplo, mandar a impressão de uma receita.
Por 90 euros ao mês
Uma das ideias força desta tecnologia, segundo têm explicado, é que não faz sentido esperar durante horas numa consulta de atenção primária. Em declarações a TechCrunch, o conselheiro delegado e fundador de Forward Health, Adrian Aoun, tem indicado que está a tratar de "migrar lentamente tudo, desde um médico e uma enfermeira até o hardware e software". "Nem sequer achamos que tenha que existir uma consulta médica. Achamos que é coisa do passado", assegura o também engenheiro informático, que assegura que é "como se estivesses sentado dentro de um iPad gigante".
O modelo de negócio, que por agora não conta com acordos com seguros médicos, se baseia na assinatura e asseguram que não entrarão na venda de dados pessoais. Pelo pagamento de 99 dólares mensais (90,95 euros), os utentes podem aceder a todas as funções, que também incluem as consultas on-line com médicos através de um aplicativo. O CarePod, isso sim, é uma iniciativa que só pode entender num país com um modelo sanitário como o de Estados Unidos, onde está previsto que se instale em lugares como escritórios, gimnasios ou shoppings.