As senhas mais usadas em Espanha evidencian que a muitas pessoas não lhes preocupa o suficiente sua segurança. Assim o mostram uns estudos de NordPass, que recolhe que as senhas mais comuns são também as mais fáceis de decifrar. De facto, as mais duas utilizadas são 123456 e 123456789. Agora, um vídeo da Polícia explica que deve ter uma senha para ser eficaz e proteger ao utente das fraudes.
Mais especificamente, o conselho da Polícia servirá para que a vítima não seja defraudada quando os ciberdelincuentes se façam passar por um familiar seu. O agente recomenda empregar "uma chave secreta familiar: o nome de teu bisabuela ou o de teu peluche favorito quando eras menino, ou a letra de uma canção que é especial", explica a Polícia num vídeo publicado na rede social X.
Que deve ter a senha para ser eficaz
Com este método, o utente estará mais seguro. "Já podem te escrever dizendo ser teu pai, tua irmã, teu casal; ou inclusive chamar-te clonando com inteligência artificial a voz de um familiar".
Por outra parte, os experientes costumam recomendar que a chave tenha um mínimo de 8 caracteres, ainda que se se estende aos 12-16, a segurança será maior. Assim mesmo, deve combinar letras (maiúsculas e minúsculas), números e caracteres especiais (como @, #, $, etc.) para aumentar a complexidade.
Sem datas nem números de telefone
Em mudança, não deve incluir informação como datas de nascimento ou números de telefone, etc, já que são mais fáceis de adivinhar. Também convém as mudar regularmente, a cada seis meses aproximadamente, para reduzir a possibilidade de que sejam decifradas.
Também não deve usar-se a mesma senha para diferentes contas ou serviços, já que, se uma delas se vê comprometida, todas as contas estarão em risco. Por último, em determinados casos pode ser útil utilizar um gestor de senhas: se é difícil recordar múltiplas chaves, pode-se recorrer a esta ferramenta para alojá-las e gerí-las de forma segura.
Chaves inseguras
Ainda que pareça mentira, o Centro Nacional de Ciberseguridad do Reino Unido revelou que 23 milhões de pessoas em todo mundo ainda utilizam senhas inseguras do tipo "123456", um facto que evidência que são muitos os utentes que não são conscientes dos perigos que isto supõe.
Por isso, segundo a companhia de ciberseguridad Home Security Heroes, a dia de hoje já existem sistemas de inteligência artificial capazes de decifrar o 51 % das senhas comuns em menos de um minuto, sendo as credenciais a mais de 18 caracteres as que geralmente são mais seguras contra os hackers.
Quase o 90% dos utentes são vulneráveis
Por sua vez, em 2019, o Escritório de Segurança do Internauta (OSI) fez-se eco de um estudo realizado pela empresa Deloitte, que refletia que quase o 90 % das senhas dos utentes de todo mundo são vulneráveis aos ataques dos ciberdelincuentes.
"A modo de prognóstico, dito estudo defende que algumas das medidas que hoje em dia consideramos como seguras à hora de criar uma senha, como utilizar uma combinação de 8 dígitos de números e letras, alternar entre maiúsculas e minúsculas e recorrer a caracteres especiais não alfanuméricos, deixarão de ser tão robustas como pensamos. Em pouco tempo, os ciberdelincuentes serão capazes de decifrá-las sem demasiado esforço", alertava a entidade.