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Queres acabar com a seca? Estas oficinas para aprender a unir oferecem truques infalibles

Psicólogos e sexólogos especializados em sedução dão as chaves para que triunfar nos aplicativos de citas, nas redes sociais, na discoteca ou no metro seja um pouco mais fácil

Teo Camino

rechazo PEXELS

Todos temos um amigo que, dá igual o aplicativo que se descarregue ou a discoteca à que vá, não une nem por erro. De primeiras, custa-lhe arrancar (é introvertido e um tanto peculiar), e, quando por fim se lança, balbucea. Começa a suar, diz coisas inconexas e faz-se um lío. O mau é que nunca sucede como com Hugh Grant e Julia Roberts em Notting Hill. Ao dia seguinte, a frase sempre é a mesma: "Ontem quase uno. Quase. Estive a ponto". Assim, uma estação depois de outra. E vem o inverno… Mas tudo tem solução. Basta com apontar-se a algum das oficinas para aprender a unir que se dão em Espanha, se combinar com quatro truques e sacar as técnicas de sedução a passear. Tudo depende de ti. Digo, de teu amigo.

Um casal durante uma cita / PEXELS

Porque a desculpa "o mercado está muito mau" cai-se por seu próprio peso: em Espanha há 14 milhões de solteros, 2,7 milhões de separados ou divorciados e 2,8 milhões de viúvos, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Porque há total de 19,6 milhões de pessoas sem casal por conhecer. Porque as habilidades sociais, se não se têm, se podem aprender.

Oficinas para aprender a unir

A sedução "é a capacidade de comportar-nos de maneira sincera e empática para causar uma boa impressão, cautivar ao outro e chegar a esse conhecimento mútuo desde a segurança num mesmo. E isso é o que tentamos ensinar", expõe a terapeuta sexual Rosa Sanz, que dá oficinas para aprender a unir --em grupos de 20 e por 50 euros por pessoa-- na loja erótica do bairro de Lavapiés, em Madri, Os prazeres de Lola. "Porque não há uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão", acrescenta Sanz.

Um casal durante uma cita romântica / PEXELS

O psicólogo, sexólogo clínico e autor do pequeno livro da sedução, Luis Tejedor, oferece oficinas personalizadas de sedução, em Madri e Barcelona, para grupos dentre 5 e 6 pessoas. "A primeira parte é teórica. Escutamos aos assistentes para ver que querem conseguir. Desmitificamos certas crenças populares herdadas de filmes e amigos. Aprendemos a enfrentar os medos da cada um e lhes damos ferramentas para facilitar esses primeiros encontros", resume Tejedor. Ao final da sessão teórica, toca pôr em prática essas ferramentas. "Costumamos ir a terraços, pubs e outros lugares de lazer", aponta o director de Egoland Sedução sobre este curso de sete horas de duração, que tem um preço de 290 euros --também dão um de quatro horas que custa 150 euros--. A psicóloga e sexóloga de Sex Academy Agatha Armstrong dá oficinas exprés (2 horas, 35 euros) sobre a arte da sedução em Barcelona.

A arte da sedução em internet

O boom dos aplicativos de citas é innegable. Mas, às vezes, se a coisa não flui, a falta de resultados que seguem ao match pode gerar frustración. "Nós ensinamos a ser mais eficientes", assegura Tejedor, quem explica que estes aplicativos funcionam com um código diferente ao do bar ou a discoteca porque não é o mesmo se dirigir a alguém com o que há um cruze de miradas, que a uma pessoa que está em casa, ou trabalhando, com a cabeça em outra coisa.

Uma garota com o aplicativo Tinder descarregada em seu móvel / PEXELS

"Basicamente, o mais importante é não começar com um 'Ey, olá. Tudo bom?'. Há que ser mais directos, mais estimulantes, porque competimos com 35 pessoas mais. Interessa-te, de uma forma precisa e original, por algum rasgo que tens visto em seu perfil. E termina com uma pergunta interessante que responder", aconselha Tejero, quem recorda que a todos gostamos de falar de nós. "Se perguntam-nos com inteligência sobre nós, vamos raudos e velozes a responder. Aí começas a enganchar", acrescenta.

Conquistar ao vivo e a cores

Pode-se unir on-line, mas, tarde ou cedo, sempre chega a hora da verdade: o encontro em pessoa. Na oficina de sedução dos prazeres de Lola "aprenderás técnicas para encontrar-te mais solto quando se dê a presença física", assegura Sanz. Agora mesmo, por exemplo, "tu falas mais devagar e com um tom mais suave que eu. Se quisesse cautivarte, tentaria utilizar teu tom e teu tempo para fazer-te sentir cómodo. Tens os braços cruzados? Pois talvez os cruze eu também. Procurarei pontos em comum para estar em sintonia contigo, para te seduzir. Ao final, funcionamos por neurónios espelho", expõe a terapeuta.

Um casal dá-se a mão durante uma cita / PEXELS

Por conseguinte, a corporalidad, através de uma postura erguida que mande uma mensagem de 'tudo está bem', através do sorriso, "transmites essa alegria e segurança, que é uma das coisas mais seductoras de uma pessoa, e podemos unir bem mais", aconselha Sanz. Ao mesmo tempo, utilizar o nome da outra pessoa com frequência --a todo mundo gosta de escutar seu nome--, também ajuda.

Nenhuma despedida sem uma proposta

Se uma pessoa leva fazendo algo mau 25 anos, seguramente numa tarde não se converta numa mulher do mais seductora nem num donjuán, "mas sim podem se produzir grandes mudanças ao pôr o foco no que se te dá bem, em tuas virtudes, umas virtudes às que até agora talvez não tinhas sacado partido", explica Tejedor. Porque, se propões coisas estimulantes, de uma forma respeitosa e gradual, todo mundo está a desejar que lhe alegrem no dia.

Um casal une durante uma cita / PEXELS

Ao mesmo tempo, há que evitar alguns tópicos. "Estás a falar com uma pessoa que te parece atraente e chega o momento de se despedir. O 'já ver-nos-emos' e o 'encantado' nunca são a melhor opção. A nossos clientes dizemos-lhes: dantes cortamos-nos uma mão que nos despedimos de alguém sem uma proposta concreta para que isto evolua. Um café. Outro encontro. Uma forma de contacto. A que seja. As pessoas propositivas são mais eficientes e atraentes. Todo o demais, são acompanhamentos a esta base. Ao final, a sedução é uma sucessão de propostas estimulantes e valentes. E, o que é seguro, é que todo o que não se propõe não sucede", explica o sexólogo clínico.

Unir em qualquer parte

A gente já não foca tanto sua vida afectivo-sexual às discotecas, apontam os experientes. Muitas pessoas que vão às oficinas de Egoland "procuram ser mais valentes em seu dia a dia. Na cafeteria, no metro ou em plena rua. Sentir-se mais livres e auto eficazes em qualquer momento", aponta Tejedor. Porque o momento no que uma pessoa se sente atraída por outra é do todo imprevisível.

Um casal em atitude carinhosa na rua / PEXELS

Mas, como se seduze a alguém no metro ou na panadería do canto? Como se lhe aborda? "Pedindo permissão. 'Ouve, estava a observar-te e gostaria de falar contigo. Posso fazer-te uma pergunta? Importa-te ou rompo teu intimidem?' Tudo é empatía. Talvez não lhe apeteça, mas quiçá também o está a desejar. O não já o temos, há que tentar procurar o sim. Há que se abrir portas", expõe Sanz.

Até na mesma oficina

Pelo geral, o perfil de pessoa que vai a estas oficinas tem entre 25 e 60 anos. "Um 40 % são homens introvertidos com pouca vida sexual. Um 30 % são mulheres de média idade, curiosas, que querem entender melhor aos homens. E o 30 % restante são homens aos que lhes vai bem nas relações, mas não com a gente que realmente gostariam", aponta Tejedor.

Um casal se besa / PEXELS

Nos cursos dos prazeres de Lola, em mudança, um 80 % das participantes são mulheres. A terapeuta que dá as oficinas de sedução explica que "tem tido intercâmbios de números de telefone. Criaram-se grupos de WhatsApp. Tudo depende dos participantes, mas sim, em ocasiões alguns unem na mesma oficina".