ARCO Madri 2024 abre suas portas nesta quarta-feira 6 de março numa nova edição protagonizada pela arte queer e a reivindicação de grandes mulheres artistas.
Mais especificamente, a primeira obra que tem chamado a atenção dantes da inauguração oficial tem sido a da "primeira escultura gay" que se viu neste evento em 1983, Manuel de Rodrigo, e que inclusive pôde ser retirada. Agora, a galeria José da Mão a traz de volta com um preço de 80.000 euros, ainda que há obras bem mais caras.
As obras mais caras de ARCO 2024
De novo a galeria Leandro Navarro aponta-se -até o momento- a peça mais cara da feira. Trata-se de Peinture , um dos 27 quadros que pintou Olhou da série de 27 masonitas e das quais só duas permanecem em Espanha -uma na Fundação Olhou e outra no Thyssen-.
Este quadro tão característico do estilo de Joan Olhou vende-se por 3,3 milhões de euros, quase um milhão mais que a segunda obra mais cotada da feira madrilena.
Picasso e Chillida
Por sua vez, a conhecida galeria madrilena Guillermo de Osma vende em ARCO um Picasso por 2,5 milhões de euros, a segunda obra mais cara do certamen.
Enquanto na galeria Cayón a obra mais cara é a de uma escultura de Chillida prêmio Bienal de Veneza de 1958, Ferro no tremor, com um preço de saída de 1,2 milhões de euros. Esta galeria, com sede em Madri e Menorca, entre outras cidades, também põe à venda um quadro de Olhou por 1 milhão de euros.
Uma feira sem polémica
Miguel Ángel Sánchez, da galeria AdN que trouxe no ano passado a obra hiperrealista da morte de Picasso de Eugenio Merino, tem afirmado que não entende este tipo de "revuelos" e que é algo que "só ocorre em Espanha". "O do ano passado não faz sentido, era uma obra que não tocava nenhuma ferida e se envolveu por algo que também não feria sensibilidades", tem remarcado.
Não obstante, sim terá pequenas reivindicações através de pegatinas e alguma reclamação dos galeristas em torno da necessidade de baixar o IVA em compra-las de arte contemporânea, actualmente no 21% e algo que "já toca baixar". "Dentro do mercado europeu, o mercado espanhol não representa sequer o 1% do total. Apesar disso, desde o 2020 se denota um maior interesse no coleccionismo, simultaneamente que sobem os preços de compra", tem indicado Enrique Vallés, presidente da associação 9915.