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ARCO Madri 2024: estas obras de Olhou, Picasso e Chillida são as mais três caras da feira

As galerias Leandro Navarro, Guillermo de Osma e Cayón expõem alguns dos quadros e esculturas mais cotados do certamen madrileno

Una persona contempla una obra de arte en ARCO EFE
Una persona contempla una obra de arte en ARCO EFE

ARCO Madri 2024 abre suas portas nesta quarta-feira 6 de março numa nova edição protagonizada pela arte queer e a reivindicação de grandes mulheres artistas.

Mais especificamente, a primeira obra que tem chamado a atenção dantes da inauguração oficial tem sido a da "primeira escultura gay" que se viu neste evento em 1983, Manuel de Rodrigo, e que inclusive pôde ser retirada. Agora, a galeria José da Mão a traz de volta com um preço de 80.000 euros, ainda que há obras bem mais caras.

As obras mais caras de ARCO 2024

De novo a galeria Leandro Navarro aponta-se -até o momento- a peça mais cara da feira. Trata-se de Peinture , um dos 27 quadros que pintou Olhou da série de 27 masonitas e das quais só duas permanecem em Espanha -uma na Fundação Olhou e outra no Thyssen-.

Detalle de una obra de la serie 'Peinture' (1934) de Joan Miró / FUNDACIÓN JOAN MIRÓ
Detalhe de uma obra da série 'Peinture' (1934) de Joan Olhou / FUNDAÇÃO JOAN OLHOU

Este quadro tão característico do estilo de Joan Olhou vende-se por 3,3 milhões de euros, quase um milhão mais que a segunda obra mais cotada da feira madrilena.

Picasso e Chillida

Por sua vez, a conhecida galeria madrilena Guillermo de Osma vende em ARCO um Picasso por 2,5 milhões de euros, a segunda obra mais cara do certamen.

Enquanto na galeria Cayón a obra mais cara é a de uma escultura de Chillida prêmio Bienal de Veneza de 1958, Ferro no tremor, com um preço de saída de 1,2 milhões de euros. Esta galeria, com sede em Madri e Menorca, entre outras cidades, também põe à venda um quadro de Olhou por 1 milhão de euros.

La obra 'Hierros de temblor 3', de Chillida, expuesta en ARCO / EFE
Fá-la 'Ferros de tremor 3', de Chillida, exposta em ARCO / EFE

Uma feira sem polémica

Miguel Ángel Sánchez, da galeria AdN que trouxe no ano passado a obra hiperrealista da morte de Picasso de Eugenio Merino, tem afirmado que não entende este tipo de "revuelos" e que é algo que "só ocorre em Espanha". "O do ano passado não faz sentido, era uma obra que não tocava nenhuma ferida e se envolveu por algo que também não feria sensibilidades", tem remarcado.

Não obstante, sim terá pequenas reivindicações através de pegatinas e alguma reclamação dos galeristas em torno da necessidade de baixar o IVA em compra-las de arte contemporânea, actualmente no 21% e algo que "já toca baixar". "Dentro do mercado europeu, o mercado espanhol não representa sequer o 1% do total. Apesar disso, desde o 2020 se denota um maior interesse no coleccionismo, simultaneamente que sobem os preços de compra", tem indicado Enrique Vallés, presidente da associação 9915.

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