A cesta de compra-a das famílias segue encareciéndose e mantém niveles recorde com um alça do 10,5 % em setembro por segundo mês consecutivo. Um dos alimentos que mais se tem encarecido é o azeite, mais especificamente um 67 % no último ano. Isto supõe que o litro de azeite se situe ao redor dos 10 euros nos supermercados.
Num sozinho mês, este produto básico para a dieta mediterránea tem-se encarecido um 10% e se a este último repunte somam-se-lhe os que vem registando no último ano a subida é de 67 %, o maior incremento em duas décadas.
Os produtos que mais se têm encarecido
Foi em abril de 2021 quando começaram a subir os preços do azeite e desde então se tem encarecido um 137 %. Uma garrafa deste ouro líquido custa já mais do duplo que faz dois anos. Os agricultores acusam à seca como origem desta subida de preço, já que as más colheitas pela falta de água têm suposto que a produção não alcance por segundo ano consecutivo os níveis necessários para satisfazer a demanda.
Não é um caso isolado. Outros alimentos básicos também têm experimentado subidas a duplo dígito desde faz muitos meses. É o caso do açúcar, que se tem encarecido um 40 % num ano, as batatas um 20 %, a carne de porco um 14,4 %, os cereais para o café da manhã outro 14 %, o leite um 13%, os legumes e hortaliças um 11,7%, os ovos um 11,5 % ou o água mineral um 10 %.
Melhor que os países do meio
Assim, a taxa de inflação geral tem subido nove décimas em setembro até se situar no 3,5%, o que supõe encadear três meses seguidos de ascensões e estar um ponto e meio acima da taxa mais baixa que atingiu em junho (1,9%) e que lhe situava já por embaixo do objectivo de inflação marcado pelo Banco Central Europeu (BCE).
Pese ao incremento, esta taxa de inflação é muito menor que a dos países do meio. As cifras de Eurostat do mês de agosto revelaram que os preços dos países da eurozona subiram um 5,9 %, quase o duplo que em Espanha , com países como França no 5,7 % ou Alemanha no 6,4%.