A cada vez são mais os condutores que optar por adquirir um carro eléctrico, um tipo de veículo eficiente que não emite gases contaminantes. No entanto, também têm importantes desvantagens, como a menor autonomia, o preço mais elevado (em alguns casos, bem mais elevado) e o tempo de recarrega. No caso de Espanha, as vantagens dos carros eléctricos vêem-se reforçadas pelas ajudas públicas que se oferecem para sua compra, mas a infra-estrutura de recarrega segue sendo insuficiente.
Assim o valoriza Alejandra Otero, jornalista que tem explicado em Motorpasion que gostou e daí não depois de de sua primeira experiência com um eléctrico. Entre as vantagens, assinala que a autonomia não foi para ela um assunto de máxima preocupação, já que tinha planificado anteriormente onde e quando ia recarregar com aplicativos específicos, como Google Maps.
Condução e recarrega
"Recarregar é mais cómodo que jogar gasolina. Chegas a um ponto de ónus, liga-lo, activas o ónus com a app e esquece-te", explica a jornalista no citado meio, ainda que depois enfatiza esta suposta comodidade. Em Espanha há uns 27.000 pontos de ónus de veículos eléctricos de acesso público, mas em amplas zonas de Castilla-A Mancha, Aragón ou Castilla e León pode ser uma verdadeira odisea dar com um deles. Neste sentido, viajar deixa de ser sinônimo de liberdade plena, já que é bem mais arriscado improvisar.
Outro ponto atraente é que a condução é singela, fluída. Em palavras de Otero, a nível dinâmico há poucas diferenças com um eléctrico e com um térmico, e menos em autovía . Assim mesmo, do eléctrico destaca sua macieza e facilidade para adiantar. Ademais, viajar com um veículo deste tipo permite ao condutor esquecer das preocupações com as zonas de baixas emissões activas em muitas cidades espanholas. Assim, a possibilidade de receber uma multa por aceder a um lugar vetado se esfuma.
Inconvenientes
Os maiores inconvenientes estão relacionados com o ónus. "Vais ter que recarregar sim ou sim", indica esta experiente, cuja viagem não superou os 400 quilómetros. Ademais, para encher a bateria dos veículos eléctricos precisa-se mais em media hora, uma espera tediosa que faz que a viagem se reduza. Por outra parte, abastecer este tipo de veículos não é mais barato que jogar gasolina, ao menos se se trata de uma viagem longa.
Também há que ter o telefone pronto em todo momento, porque se paga através de um aplicativo, algo bem mais engorroso que o fazer em numerário ou com cartão numa estação de serviço tradicional. Otero conclui que, "com a infra-estrutura ainda deficitaria, e a tecnologia actual destes carros", preferiria fazer uma viagem longa com um de gasolina.