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Renfe cobrará 7 euros pelas praças H para pessoas com discapacidade em AVE, AVLO e Euromed

A companhia tem reafirmado seu compromisso por favorecer a acessibilidade, a mobilidade e atenção às necessidades de seus viajantes

Juan Manuel Del Olmo

ruedas renfe

Renfe fixará um preço de 7 euros para as praças H, que são as que usam os clientes que usam cadeira de rodas, nos comboios AVE, Avlo, Euromed, Intercity e AVE com destino a França.

Assim o anunciou o presidente de Renfe, Raül Blanco, quem tem anunciado que a vontade da companhia é "reafirmar seu compromisso com as pessoas com discapacidade", segundo têm afirmado, bem como estar em linha com as medidas propostas para favorecer a mobilidade e atender as necessidades de seus viajantes.

Mais de 100.000 praças H

Em 2023, Renfe comercializou 104.693 praças H em Alta Velocidade e Serviços Comerciais, e 119.994 nos comboios de Serviço Público. Ademais, a empresa tem recordado que dispõe do Cartão Dourado para pessoas com discapacidade e para maiores que permite ter descontos nas viagens.

Uma mulher espera o comboio / FREEPIK

Mais especificamente, se rebaja um 25% o preço nos comboios AVE e Longa Distância se tem-se uma discapacidade igual ou superior ao 33%. Se é superior ao 66%, os acompanhantes também têm estas mesmas condições.

Melhorar a acessibilidade

Renfe tem explicado que é "uma mostra mais da aposta da companhia para melhorar a vida" das pessoas com discapacidade, como as actuações para melhorar a acessibilidade ou a assistência a discapacitados.

Um comboio de Renfe na estación de Atocha-Almudena Grandes / Eduardo Parra - EP

"Desta forma, reforça-se o compromisso adquirido por parte de Renfe com o desporto paralímpico", tem explicado a empresa, que tem recordado que tem acompanhado aos desportistas de elite a preparar os Jogos Paralímpicos celebrados desde 2008, ano no que se assinou um acordo com o Comité Paralímpico Espanhol.

Situação em Ouigo

Em mudança, segundo explica em seu blog o Grupo Sifu, a companhia francesa Ouigo não dispõe de descontos especiais para pessoas com discapacidade.

Em 2023, o Comité Espanhol de Representantes de Pessoas com Discapacidade (CERMI) denunciou "deficiências de acessibilidade" nos comboios de Ouigo e Iryo ante a Agência Estatal de Segurança Ferroviária do Ministério de Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, ao que a companhia alegou que cumpria com o regulamento vigente.

Um comboio de Ouigo e outro de Iryo / EFE

Problemas nas estações

"As redes do transporte ferroviário em Espanha não contam hoje em dia com acessibilidade plena em suas estações nem na totalidade dos comboios. Para que este transporte pudesse ser usado sem problema por pessoas com discapacidade deveriam se adaptar tanto os meios, estações, paradas de comboio, como nos próprios comboios", denunciava, em fevereiro, Discapnet, um portal de informação para promover a inclusão trabalhista e socioeconómica das pessoas com discapacidade.

Por isso, recomendavam, entre outras coisas, melhorar os acessos (com elevadores ou rampas para facilitar a entrada e saída à estação e às plataformas), a venda de bilhetes (com máquinas expendedoras adaptadas e janelas dotadas de pessoal que possa atender a pessoas com discapacidade), a señalización e a assistência.