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Por que nos complicamos a vida tanto para planificar uma viagem? Os experientes têm a resposta

Organizar uma escapada ou as férias parece algo relativamente singelo mas o verdadeiro é que o processo passa por múltiplas fases até chegar ao destino eleito

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Chegam as férias e começa uma autêntica carreira por organizá-las. Praia ou montanha? Turismo nacional ou internacional? Casa ou hotel? Estas e um sinfín de perguntas são as que se põem sobre a mesa quando se trata de eleger destino, alojamento e transporte para escapar da rotina.

Um relatório de OBS Business School revela que, na actualidade, os viajantes procuram até em 35 sites diferentes dantes de realizar a reserva de suas férias. Uma cifra que inclui tanto redes sociais e blogs como agências de viagens on-line, segundo explica a Consumidor Global Joan Barceló, professor da mencionada escola.

Ciclo de vida da cada viagem

Todo a viagem tem um ciclo de vida. O experiente explica que a primeira fase é a da inspiração. "É o ponto de partida. Aquela na que o viajante já é consciente de que quer viajar, mas ainda não sabe onde". Depois segue-lhe a do planejamento. Nesta parte há dois tipos de viajantes. Os que querem o ter todo atado (alojamento, transporte, orçamento, actividades turísticas) e os que preferem a espontaneidad.

A terceira etapa é a da reserva. "É a que gera menos satisfação, simplesmente porque é uma etapa na que se fecha o planejamento", expõe Joan Barceló. A quarta fase passa pela experiência e a última é a de compartilhar essa vivência. "Curiosamente esta etapa serve de retroalimentação. Trata-se de dar inspiração a outros", afirma o profissional.

Qual é a informação que mais se procura?

Há todo um percurso prévio por internet que se faz durante a primeira fase do ciclo de vida da viagem. Entre as 35 sites que consultam os espanhóis, destacam os blogs, as redes sociais e as comunidades de viajantes, segundo Barceló. Nesta fase também tem cabida a realidade virtual. O relatório detalha que o 46 % dos viajantes afirma estar disposto a experimentar virtualmente dantes de realizar sua viagem.

"Podem ser muito relevantes como fonte de inspiração porque permitem experimentar sensações dantes de decidir onde queremos viajar", detalha o estudo. Existem uns itens muito concretos que ajudam a decidir ao viajante. O experiente detalha que a informação que mais costumam procurar é a que tem que ver com gastronomia, climatología e comparação de preços e opções.

Novas tendências dos viajantes

Nada têm que ver os turistas do século anterior com os actuais. As novas tecnologias têm feito que o viajante actual seja mais exigente. Assim o determina o citado relatório. "O sector converteu-se numa selva onde as empresas competem para conseguir captar a atenção dos utentes, com uma oferta quase infinita".

A pandemia marcou um dantes e um depois em tudo. Inclusive à hora de planificar as férias. Desde então, incorporaram-se novos hábitos "e acordou-se interesse por novos tipos de viagens", explica Barceló. O bem-estar, a saúde ou o reencontro com seres queridos são alguns dessas tendências. Mas, se há alguma que está acaparando toda a atenção do público é "desfrutar de experiências únicas e diferentes".

Nova cláusula: flexibilização nas condições

Um 98 % dos viajantes informa-se por internet dantes de reservar sua viagem. Um 44 % vai a Instagram para inspirar-se, um 33 % fá-lo em Facebook e o 22 % em TikTok . Uns dados que demonstram a clara preferência pelo rastreamento on-line. Em todo esse processo, há um ponto fundamental: a flexibilização nas condições.

"Referimos-nos a ter mais facilidades de cancelamento, ter mais opções de pagamento ou poder contratar diferentes tipos de seguros de viagem", sustenta Joan Barceló. Pese a toda essa aposta pelo mundo digital, o experiente enfatiza que os utentes preferem ter apoio pessoal e humano. Segundo o relatório, o 77 % dos viajantes tem interatuar alguma vez com um chatbot. Mas, ante qualquer tipo de problema, três em cada quatro preferem ser atendidos por uma pessoa por telefone ou chat.

É o fim das agências de viagens físicas?

Em todo este papel central que joga internet para influir nos viajantes, cabe se perguntar se desaparecerão as agências de viagens. Não parece ser que isto vá ocorrer. Ao menos por enquanto. "São um canal mais. Os viajantes pedem multicanalidad. Ter mais opções da cada uma das etapas e poder fazer pelo canal no que se sentam mais cómodos", explica Barceló.

Este especialista enfatiza que, em ocasiões, o turista recorre a internet durante a etapa de inspiração e planejamento. No entanto, à hora de efectuar a reserva, pode ser que prefira uma agência física. "O importante é que as empresas do sector ofereçam esta multicanalidad para que os viajantes possam decidir como contactar com o profissional", limpa Barceló.

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