As cores mais tradicionalmente vinculados ao Natal são quiçá o vermelho e o alvo, mas, para as marcas, é uma época teñida de dourado: são muitas as empresas (já sejam de tecnologia, moda ou lar) que disparam sua facturação nestas datas. Segundo uma análise de Elogia, a operadora de negócios digitais especializada em Full Digital Commerce de VIKO, o 46% dos consumidores realiza seus compras durante dezembro.
Ademais, só o 33% aproveita as promoções de Black Friday para se adiantar e um 10% opta pelas rebajas de janeiro, uma tendência em aumento entre os menores de 45 anos.
Orçamento médio
Segundo os dados deste estudo, titulado Hábitos de Compra em Espanha Natais 2024, neste ano sobe a despesa média dos consumidores espanhóis. Mais especificamente, prevê-se um orçamento médio por pessoa de 243 euros em media em presentes, superando os 218 euros de 2023.
Segundo Elogia, só no ano 2021 a despesa esteve para perto de esta cifra, atingindo os 240 euros. Quanto à distinção por géneros, são as mulheres as que planeam gastar mais durante este período, se situando o desembolso delas em 264 euros e o deles em 221. Ademais, se fala-se de gerações, serão os maiores de 55 anos os que prevêem gastar mais em presentes (268 euros em media).
Moda e tecnologia
Segundo reflete Elogia, os aparelhos eletrónicos atiram muito, mas a roupa é a rainha: como em anos anteriores, a categoria moda (59%) lidera a intenção de compra, especialmente entre as mulheres (65%) e os menores de 35 anos (66%) com uma despesa média que ascende a 149 euros.
A maioria comprará suas prendas em marketplaces (64%), como Amazon, O Corte Inglês, Zalando e Shein, ou lojas físicas ou grandes armazéns (62%). Por trás da moda, a tecnologia (41%), consolida-se como a segunda categoria mais relevante, seguida de calçado (35%), lazer (30%), beleza (29%), desportos (25%) e lar (22%).
Comidas em casa
A diferença do recolhido por Elogia, o último Barómetro sobre o Consumidor Navideño realizado pela Associação de Empresas de Fabricantes e Revendedores (Aecoc) indica que a despesa repartir-se-á principalmente em partidas como comidas em casa (82% de menções), regalos e brinquedos (70%) e cosmética (62%), ao mesmo tempo em que um 47% dos consumidores manterá ou aumentará sua despesa em saídas a restaurantes durante estas festas.
O 74% dos consumidores manterá ou incrementará sua despesa este Natal, segundo este documento. A maioria dos interrogados reconhece querer aproveitar ao máximo o orçamento de despesa disponível para estas festas, o que se reflete em que o 56% dos participantes tem declarado que antecipará mais seus compras navideñas para aproveitar as ofertas e promoções.
A influência das redes sociais
Apesar de que é uma época marcada pela publicidade e as grandes estratégias de marketing, o estudo revela que 6 em cada 10 pessoas (62%) consideram que a publicidade durante essas datas não vai influir em suas decisões, especialmente para os maiores de 55 anos (71%). Os que sim admitem que a publicidade pode influir em suas compras navideñas são principalmente os menores de 35 anos (50%), e assinalam às redes sociais como factores cruciais.
Por outra parte, um 33% declara ter em conta as recomendações de seus seres queridos ao comprar presentes, enquanto um 23% prioriza as opiniões de outros compradores on-line. Igualmente, um 21% não se deixa influir pelas opiniões externas e toma suas decisões de forma independente, uma opinião acentuada nos homens (25%) e os maiores de 55 anos (36%).
Dados da OCU
Por sua vez, desde a União de Consumidores e Utentes (OCU) calculam que os espanhóis gastarão em media 684 euros em presentes e celebrações relacionados com o Natal, um 8% menos que no ano passado, que supõe, também em media, um terço dos rendimentos mensais.
Mais especificamente, a maior redução do orçamento dar-se-á nos presentes, já que estima-se uma despesa de 359 euros em frente aos 391 euros do ano passado, e nas viagens e férias previstos (86 euros pelos 107 do ano anterior). Em menor medida, segundo esta entidade, os espanhóis recortarão sua despesa em festas, jantares e comidas, onde prevêem gastar 173 euros pelos 178 euros de 2023.