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O Banco de Espanha devolve o maior custo da década depois de disparar-se um 61% as reclamações

Depois da rectificação de suas actuações, as entidades devolveram 3,94 milhões de euros em 2021, um 27,5% mais que em 2020

Consumidor Global

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O Banco de Espanha tem devolvido o maior custo da década após disparar-se no ano passemou até um 61 % as reclamações com respeito a 2020, de novo impulsionadas por hipoteca-las e os cartões, segundo detalha a Memória de Reclamações 2021 publicada nesta segunda-feira, que augura que o volume de reclamações de 2022 acercar-se-á ao máximo histórico de 2017.

Mais especificamente, tramitou-se 34.330 reclamações de clientes bancários. Depois da rectificação de suas actuações, as entidades devolveram 3,94 milhões de euros em 2021, um 27,5% mais que em 2020 e, por tanto, a maior cifra da última década.

Sem uma causa mais especificamente

O Banco de Espanha tem constatado que a tendência de ascensão no volume de reclamações nos dois últimos anos continuou em 2021, quando a cifra só se viu superada pela de 2017 (ano em que se dispararam as reclamações pelas despesas de formalización) e muito ligeiramente pelo de 2013 (ano marcado pelas reclamações sobre cláusulas costumo).

Sucursal do Banco de Espanha em Barcelona / CG

O Departamento de Conduta de Entidades do Banco de Espanha não tem identificado uma causa singular que possa explicar o elevado volume de reclamações recebidas em 2021, pois estas se repartem de maneira homogênea e seguindo o padrão dos últimos anos.

Os produtos mais reclamados

Os produtos mais reclamados foram os empréstimos hipotecarios, com 11.481 reclamações (um 94,1% mais que em 2020) e um aumento de seu peso relativo, ao invés que nos dois anos anteriores. Destacaram as reclamações motivadas pelo pagamento de despesas de formalización (7.083, provavelmente por pronunciamientos judiciais) e as motivadas pela contratação de produtos vinculados (1.249 reclamações, em sua maioria pela cobrança de comissões de manutenção em conta corrente utilizada exclusivamente para o pagamento do empréstimo hipotecario).

Em segundo lugar, mantiveram-se os cartões (crédito, débito, revolving e prepago), com 10.132 reclamações (+80,2%), impulsionadas pelas operações supostamente fraudulentas efectuadas com cartão e a falta de entrega de documentação relativa a cartões revolving, enquanto em terceiro lugar repetiram as contas correntes e os depósitos, com 5.899 reclamações (+40,7%) e um menor peso relativo com respeito ao ano passado.