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A nova lei de embalagens põe em perigo mais de 2.000 empresas de alimentação
Segundo a patronal da indústria alimentar, a norma para reduzir à metade o plástico de um sozinho uso custará às empresas 7.000 milhões de euros
O Real Decreto de Embalagens e Resíduos de Embalagens ainda se encontra em fase de tramitação. No entanto, o sector alimentar já tem alertado sobre as possíveis consequências de sua posta em marcha e os fechamentos das empresas.
O director geral da Federação Espanhola de Indústrias de Alimentação e Bebidas (Fiab), Mauricio García de Quevedo, tem estimado que esta medida suporia fechamento de 2.400 companhias, mais de 7% do total da indústria, principalmente PMEs e empresas localizadas no meio rural.
Elevadas perdas de dinheiro
Para tentar paliar estes fechamentos, Quevedo procura trabalhar com o Governo "na busca de modelos cada vez mais eficientes e sustentáveis, mas sempre sem prejudicar a competitividade das empresas".
O director geral da federação tem assinalado que a actual redacção de ditas medidas legislativas obrigaria a investimentos "inesperados e inasumibles" pela indústria, que elevar-se-iam a 6.270 milhões de euros para se adaptar aos novos objectivos. Isto, unido ao incremento do custo da Responsabilidade Ampliada do Produtor, representaria para o sector um impacto a mais de 7.000 milhões de euros.
O sector alimentar é crucial para a sustentabilidade
O Real Decreto de Embalagens e Resíduos tem como objectivo reduzir o 50% de garrafas de bebidas de plástico de um só uso. Ademais, também procura aumentar a reutilização deste material para lhe poder dar uma segunda vida.
Neste caminho pela sustentabilidade, a indústria da alimentação e as bebidas converteu-se num agente decisivo na luta contra a mudança climática e a protecção do medioambiente, já que contribui com medidas de eficiência a reduzir, entre outros, o desperdicio alimentar, o uso de recursos hídricos ou as emissões derivadas de sua actividade.
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