0 comentários
Pesquisam a Ryanair por abuso de posição dominante em serviços turísticos
A aerolínea irlandesa oferece serviços separados do transporte, como o aluguer de veículos ou a reserva de hotéis, uma prática que vai "em detrimento das agências de viagens"
O império Ryanair segue ganhando-se inimigos. Nesta ocasião, tem sido a Autoridade italiana de Concorrência (ACGM) a que tem aberto uma investigação à aerolínea irlandesa por possível abuso de posição dominante em serviços turísticos que vão para além do transporte de passageiros.
Mais especificamente, Ryanair oferece aos clientes que elegem seu aerolínea outros serviços turísticos separados do transporte aéreo, como o aluguer de veículos ou a reserva de hotéis.
Ryanair e as agências de viagens
Segundo tem assinalado a Autoridade num comunicado, a companhia poderia estar a prejudicar a agências de viagens e aos consumidores ao tentar "estender seu poder de mercado também na oferta de outros serviços turísticos".
A investigação responde a vários relatórios recebidos no passado mês de maio onde se expõe que Ryanair estaria a aproveitar sua posição dominante nos mercados nos que opera para estender seu poder também na oferta de outros serviços turísticos "em detrimento das agências de viagens e os clientes que recorrem a elas".
Obstáculos e dificuldades injustificadas
Ademais, o comunicado explica que Ryanair "parece obstaculizar a compra" de bilhetes por parte das agências directamente desde seu próprio site", lhes permitindo só os adquirir através do Sistema de Distribuição Global (GDS, por suas siglas em inglês) em condições "muito piores de preço e gestão do bilhete".
A Autoridade também realça que, para os clientes, esta conduta da aerolínea irlandesa teria também consequências, perdendo qualidade de seus serviços devido às "dificuldades injustificadas" na gestão da reserva.
Itália e Ryanair, 'guerra' aberta
Ryanair já mantinha um confronto com o Governo italiano depois de um decreto encaminhado a limitar o preço dos bilhetes domésticos às ilhas.
Assim o publicou Bloomberg, um facto que o conselheiro delegado de Ryanair, Michael Ou'Leary, tem tachado de "ilegal" e tem ameaçado com reduzir as frequências nas rotas mais demandadas do país.
Desbloquear para comentar