O artigo 9.2 da Lei 7/1996 de Classificação do Comércio Varejista tem tomado maior relevância nestes dias. "Os comerciantes não poderão limitar a quantidade de artigos que podem ser adquiridos pela cada comprador nem estabelecer preços mais elevados ou suprimir reduções ou incentivos para as compras que superem um determinado volume".
No entanto, isto significa que os supermercados não podem racionar as vendas do azeite de girasol como tem ocorrido depois da guerra de Ucrânia? A Lei segue: "No caso de que, num estabelecimento aberto ao público, não se dispusesse de existências suficientes para cobrir a demanda, atender-se-á à prioridade temporária na solicitação".
Vender em tempos de guerra
Num conflito bélico imprevisto, que tem tido grande repercussão --não só económica, sina também a nível do consumo-- pode que esta normativa seja mais flexível. Não obstante, Facua tem decidido levar a decisão de algumas lojas até as autoridades competentes para ver que postura tomam ao respeito.
Correntes grandes, como Dia, decidiram, depois do ataque de Rússia a Ucrânia, limitar "a venda de azeite de girasol a três unidades de um litro ou uma garrafa de 5 litros por cliente e dia". O motivo principal foi o medo a um desabastecimiento. Ucrânia e Rússia são dois grandes produtores deste produto. E não tem sido a única. Consum, por exemplo, também o fez. Enquanto, Carrefour, Lidl ou O Corte Inglês ficaram-se sem estoque dias após que estoirasse a guerra.