Pesquisadores da Universidade de Flórida têm alertado que o uso de papel higiênico é uma fonte de tóxicos relacionados com a infertilidad e o cancro, depois de encontrar evidências neste produto a nível mundial, comparando rollos recolhidos em América do Norte, do Sur e Central, África e Europa ocidental. As PFAS são substâncias químicas sintéticas relacionadas directamente com cancro testicular e renal.
"Ver que este químico característico, que já temos visto dantes nos lodos das águas residuais, também aparece no papel higiênico, certamente indica que esta é outra fonte na que devemos pensar, limitando a quantidade de PFAS que chega ao meio ambiente. Quando se atira o papel higiênico, os produtos químicos se filtram no sistema de alcantarillado", explica autor principal do estudo, o Dr. Timothy Townsend.
Que diz o estudo?
"Apesar de que os norte-americanos usam mais papel higiênico que as pessoas que vivem em muitos outros países, as percentagens calculadas sugerem que a maioria das PFAS ingressam aos sistemas de águas residuais dos Estados Unidos a partir de cosméticos, têxteis, empacotamentos de alimentos ou outras fontes", começa explicando a investigação.
"Este estudo identifica o papel higiênico como uma fonte de PFAS para os sistemas de tratamento de águas residuais e, em alguns lugares, pode ser uma fonte importante", sentença.
Onde se pode encontrar as PFAS
Este tipo de químicos são compostos industriais que se decompõem quando se libertam ao meio ambiente, podendo chegar a entrar em contacto com alimentos, o solo ou os depósitos de água.
De facto, também se podem encontrar em muitos elementos de cozinha, tapetes, têxteis e outros artigos para os fazer mais repelentes ao água e as manchas, mas poderiam ter um segundo efeito letal. Relacionam-se com o cancro de riñón e testicular, além de danificar o sistema inmunológico.