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O fármaco com mais efeitos secundários do mundo está em todos os botiquines de Espanha
Este medicamento tem propriedades analgésicas, antiinflamatorias e antipiréticas, pelo que alivia os efeitos produzidos por diversas doenças em muito pouco tempo
Todos os lares de Espanha o têm em seu botiquín. O ibuprofeno é um dos medicamentos mais vendidos, já que conta com propriedades multifuncionales. No entanto, não tudo são propriedades beneficiosas, pois este medicamento tem, como a grande maioria, efeitos secundários sócios.
Como membro da família dos antiinflamatorios não esteroideos (AINEs), conta com propriedades analgésicas, antiinflamatorias e antipiréticas, pelo que alivia, em muito pouco tempo, os efeitos produzidos por diversas doenças. "Os AINEs clássicos associaram-se sempre a diversos efeitos indeseados", adverte Antònia Agustí, presidenta da Sociedade Espanhola de Farmacología Clínica (SEFC).
O ibuprofeno e seus efeitos secundários
"O que passa é que o ibuprofeno tem sido dos mais recomendados porque tinha algum estudo epidemiológico ou farmacológico que dizia que era o que menos danos produzia. Com o tempo e sua utilização tem ficado claro que não era assim", prossegue.
Algumas investigações confirmam que a tomada do ibuprofeno aumenta o risco de infarto de miocardio, ainda que a pessoa não tenha patologias associadas prévias, já que tende a aumentar a pressão arterial.
Danos gastrointestinales
Também se demonstrou que podem causar danos gastrointestinales que vão desde a úlcera à hemorragia gastrointestinal. Outras teorias apontam a que o dano ulceroso destes medicamentos se produz porque inhiben a síntese de prostaglandinas, que são essenciais para muitas funções, entre elas a protecção da mucosa gastroduodenal.
Há mais efeitos secundários, alertam desde a Sociedade Espanhola de Nefrología Médica. E é que o ibuprofeno também pode chegar a ser tóxico para o riñón. A razão é a mesma que a do dano do estômago: a inibição das prostaglandinas, já que estas substâncias dedicam-se a manter um adequado fluxo de sangue através do riñón. Se diminui-se seu efeito, altera-se o risco sanguíneo a este órgão.
Insuficiência renal
É mais, segundo um trabalho publicado pela organização, o ibuprofeno é um dos medicamentos mais relacionados com a insuficiência renal aguda, ainda que adiante dele e o resto de AINEs se posicionavam outros como os diuréticos e os inmunosupresores. De modo que, os consumidores do mesmo, deveríeis estar alerta por possíveis interacções, algo que segue sendo objeto de estudo.
Um exemplo disto é que faz pouco mais de um ano a Agência Européia do Medicamento (EMA, por suas siglas em inglês) teve que emitir um aviso por uma combinação que, até o momento, era do mais popular: ibuprofeno e codeína.
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