Viver em Madri é caro, mas em algumas zonas mais que em outras. Isto é o que se deduze do relatório trimestral de preços de venda de pisos.com, onde se detalha que a moradia de segunda mão em março de 2024 teve um preço médio de 4.020 euros por metro quadrado na capital.
Esta cifra supõe uma ascensão de 6,59% em frente ao mês de dezembro de 2023, o mais alto de Espanha. Ademais, interanualmente produziu-se um repunte de 18,86%, também o mais abultado do país. E, para cúmulo, mensalmente, cresceu um 3%, liderando de novo as subidas nacionais.
Os três distritos mais baratos de Madri para comprar uma moradia
Quanto aos distritos madrilenos, as subidas trimestrais mais intensas protagonizaram-nas Retiro (9,26%), Moncloa-Aravaca (9,24%) e Villaverde (9,19%). Ainda que não teve baixadas neste período, um destes distritos figura entre os mais económicos de Madri para se comprar um andar.
Os distritos mais caros são Salamanca (9.760 €/m²), Chamberí (7.795 €/m²) e Centro (7.555 €/m²), enquanto os mais baratos são Villaverde (2.124 €/m²), Ponte de Vallecas (2.323 €/m²) e Usera (2.553 €/m²).
Os municípios mais caros e baratos da Comunidade de Madri
Com respeito aos municípios madrilenos, Getafe (7,23%) protagoniza a subida mais significativa da região, enquanto Três Cantos (-5,17%) regista a queda mais alta da autonomia no primeiro trimestre de 2024.
Interanualmente, Alcalá de Henares (15,70%) foi a localidade madrilena que mais subiu, enquanto Villanueva da Cañada (-20,65%) arrojou a undécima maior baixada do país. Por sua vez, a localidade madrilena mais cara em março de 2024 foi Pozuelo de Alarcón (3.884 €/m²), enquanto Ciempozuelos (1.429 €/m²) foi o município mais barato da região.
O preço da moradia prossegue sua escalada
O preço da moradia de segunda mão prossegue sua escalada e Ferran Font, director de Estudos de pisos.com, opina que "esta trajectória crescente, conquanto está a ser moderada, está longe de se reverter e caminhar em direcção oposta, e mais ainda com a previsão a cada vez mais clara de um movimento de abertura por parte do Banco Central Europeu".
Neste sentido, o porta-voz do portal imobiliário admite que "a decisão da instituição européia de recortar as taxas de juro, que poderia chegar em setembro, propiciará a concessão de hipotecas e, por tanto, afugentará a possibilidade de que os andares se abaraten". De facto, o experiente assegura que "as entidades financeiras já se estão a adiantar a este palco posvacacional aplicando rebajas em sua oferta hipotecaria, iniciando sua particular guerra de captación de compradores solventes, o que reduz significativamente a margem para ajustar os preços".