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Espanha fica sem 'binladens': o número de bilhetes de 500 euros cai a níveis mínimos históricos
A circulação situa-se em abril nos 10,88 milhões, o registro mais baixo desde a entrada do euro
O número de bilhetes de 500 euros em circulação situou-se no mês de abril nos 10,88 milhões, atingindo sua cifra histórica mais baixa desde que o euro entrou em circulação, segundo os últimos dados provisórios publicados pelo Banco de Espanha, que deixou de emitir este tipo de bilhetes em janeiro de 2019.
O custo de todos os bilhetes de 500 euros se situou no mês de abril em 5.400 milhões de euros, em frente aos mais de 5.500 milhões de euros do mês precedente, o que supõe uma queda do 1,8 % num mês e um 22,3 % com respeito à cifra de faz um ano (6.950 milhões).
O BCE leva quatro anos sem produzir bilhetes de 500
O conselho de governo do Banco Central Europeu (BCE) lembrou a princípios de maio de 2016 deixar de produzir bilhetes de 500 euros. Em aplicativo desta decisão, o Banco de Espanha cessou a emissão de bilhetes de 500 euros desde janeiro de 2019, conquanto seguirão sendo de curso legal, pelo que poderão seguir circulando e se utilizando como meio de pagamento e como depósito de valor, isto é para comprar e poupar.
Assim mesmo, os sectores profissionais, como bancos, companhias de transporte de fundos ou escritórios e mudança de moeda, entre outros estabelecimentos, poderão recircular os bilhetes de 500 euros.
Queda dos bilhetes de 50 euros
Estes bilhetes manterão seu valor indefinidamente e poderão mudar nos bancos centrais e nacionais da zona euro em qualquer momento.
Por sua vez, o número de bilhetes de 50 euros em circulação caiu em abril em 3 milhões, até 1.456 milhões de unidades, com um custo que rondou os 72.800 milhões de euros.
Cresce a brecha em bilhetes de 100 e nos de 20 e 10 euros
No caso dos bilhetes de 100 euros, perduró a brecha entre bilhetes distribuídos e bilhetes retirados em abril, após que as entidades que operam em Espanha entregassem ao Banco de Espanha mais bilhetes dos que se puseram em circulação.
Mais especificamente, a diferença entre os bilhetes distribuídos e os retirados de 100 euros em abril foi de 168 milhões de unidades, o que supõe aproximadamente mais dois milhões com respeito ao mês prévio. Do mesmo modo, a diferença entre os bilhetes distribuídos e os retirados de 200 euros foi de 6 milhões unidades em abril, praticamente a mesma cifra do mês anterior.
Entrada de bilhetes pelo turismo
Esta situação pode-se dever ao facto de que o país seja um perceptor de turismo e à possibilidade de que os turistas tenham trazido nos últimos anos a Espanha muitos bilhetes deste tipo. Boa parte do dinheiro dos turistas acaba nas entidades de crédito, que devolvem parte destes bilhetes ao Banco de Espanha porque não precisam tantos para fazer frente às necessidades de liquidez de seus clientes.
Quanto aos bilhetes de 10 e 20 euros, o saldo neto entre o distribuído e as devoluções também foi negativo em abril. A brecha foi de 1.700 milhões de bilhetes no primeiro caso, mais cinco milhões com respeito ao mês anterior, e de 2.405 milhões de bilhetes no caso dos de 20 euros, quase mais dez milhões.
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