Xiaomi é um dos principais fabricantes de móveis do mundo e um dos que mais vende em Espanha. Mas, além de telefones, também tem ciberdogs e o televisores transparentes.
Consumidor Global tem entrevistado ao vice-presidente de vendas de Xiaomi Iberia, Pedro Hunolt (PH), e ao director de produto, Fabio Areia (FA), para conhecer de primeira mão que tem que dizer a empresa sobre o 5G, as tendências do mercado e o porvenir da indústria tecnológica.
Levamos anos escutando que o 5G mudará a vida dos cidadãos, mas que dizem os consumidores ao respeito e daí priorizan à hora de adquirir um dispositivo? O lançamento do último modelo de iPhone acapara, ano após ano, todas as capas, mas que importância têm os móveis de faixa média-baixa no mercado? Por que Xiaomi é líder?
Existe um interesse real pelos móveis com 5G?
- PH: "Entre os consumidores espanhóis ainda não existe esta demanda como tal. Se há uma diferença de preço , se decantan pelo móvel barato sem pensar o que pode lhe oferecer o 5G no futuro"
Que falta para dar esse salto?
-PH: "A dia de hoje, os conteúdos que oferece o 5G em Espanha não são tão amplos como em Ásia . Aparecerão cedo conteúdos 5G dentro de um ecossistema com equipas conectadas? Então sim interessar-lhes-á. Se pagas 500 ou 600 euros por um móvel, o consumidor dá por suposto que o 5G vai incorporado e lhe preocupa mais o desenho e a qualidade fotográfica. O 5G não é prioridade"
Que prioriza o consumidor?
-FA: "Até faz uns anos o processador estava no top 3 de prioridades, mas agora tem caído ao posto número cinco ou seis na lista dos pros a ter em conta. O consumidor prioriza o ecrã, as memórias RAM e ROM, e a bateria. E o preço, que é chave"
Que faixa tem mais público?
-PH: "O que mais pesa é a faixa baixa. Todo o que são produtos por embaixo de 250 euros representa o 50-60 % do mercado. Mas também nos interessa muito a faixa média, na que oferecemos dispositivos com características prémium a um preço muito ajustado"
Que importância tem Pouco para Xiaomi?
-FA: "Pouco é chave porque vai dirigida a um público mais digital que procura características muito punteras a um preço rompedor. Pouco é o mais agressivo que há no mercado quanto a preço"
Por que destacam os novos Pouco lançados no MWC?
- FA: "Tanto o Pouco M4 Pró (desde 180 euros) como o Pouco X4 Pró 5G (desde 250 euros) vêm com ecrã AMOLED, uma de seus grandes bazas com respeito à geração anterior, e com boas baterias. O 4G vai com processador MediaTek e o 5G com Qualcomm. Ambos funcionam muito bem"
Como tendes salvado o desabastecimiento de microchips?
- FA: "Para Xiaomi Espanha é o mercado mais importante após Chinesa, e por isso temos dado prioridade nas entregas ao consumidor espanhol com respeito a outros países. Agora, parece que a situação começa a se solucionar"
Qual é o segredo do sucesso de Xiaomi em Espanha?
- PH: "Somos a marca de móveis líder no mercado espanhol por nosso preço honesto, pelo novo Xiaomi Redmi Note 11 (179 euros) que lançamos faz um par de semanas e tem sido o produto mais vendido do mercado, e por sacar novas categorias a cada dia para cobrir as necessidades dos clientes"
Por que não tendes apresentado nenhum móvel no Mobile?
-PH: "Apresentamos muitas coisas durante todo o ano, não só nos focamos no Mobile. Temos apresentado dois dispositivos de nossa marca Pouco na feira e traremos novos produtos no futuro. Terá surpresas"
Que surpresas nos esperam neste ano?
-PH: "Algo lançaremos. Estudaremos o mercado espanhol e traremos produtos inovadores a cada mês. Seguiremos com scooters e com os robôs aspiradores, que os lançámos faz pouco com grande sucesso. Melhoraremos o audio que se liga directamente ao smartphone. Sacaremos novos relógios inteligentes, tabletas e atingiremos as 16 referências em televisores. Terá surpresas. Não posso dizer mais"