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J.R. Núñez (Congalsa): "Nossos mariscos, de venda em Mercadona e Ahorramas, têm subido de preço"

O responsável por marketing da companhia galega fala de suas tampas e aperitivos mais vendidos e explica por que agora custam mais no linear do supermercado

Teo Camino

José Ramón Núñez Congalsa CG

Congalsa fechou o exercício 2021 com um recorde de facturação de 113 milhões de euros graças à comercialização de 26.000 toneladas de suas diferentes faixas de produto. No entanto, o provedor de Mercadona , Ahorramas e Gadisa poderia ver reduzidas suas vendas neste ano. O motivo? Os sobrecostes do transporte e as matérias primas obrigaram-lhes a subir entre um 10 e um 15 % o preço de suas tampas e aperitivos a base de pescado e marisco nos lineares dos supermercados.

Entrevistamos ao director de marketing da assinatura com sede na Pobra do Caramiñal, José Ramón Núñez, para conhecer quais são seus produtos de mar mais vendidos, as últimas novidades que tem lançado a companhia e como lhes afecta o aparecimento de alternativas vegetais ao pescado no mercado.

--Qual é vosso produto estrela?

--"Somos especialistas em produtos congelados elaborados do mar como os boquerones em tempura (2,80 euros o pacote de 400 gramas), as rabas empanadas (3,55 euros os 500 gramas), a merluza ao ovo (4,45 euros os 600 gramas), os rollitos de primavera (1,5 euros os 300 gramas) e as empanadillas de atum (1,5 euros os 500 gramas). Este seria nosso top cinco de produtos mais vendidos principalmente no canal Horeca e em Mercadona, Ahorramas e Gadis".

O boquerón em tempura de Congalsa / CONGALSA

--Qual é vosso público objectivo?

--"Nosso público principal é aquele que quer uma solução saudável, sustentável, rica e a bom preço".

--Mas agora tendes subido o preço de alguns produtos…

--"Os problemas logísticos mundiais, o aumento dos preços do transporte, o encarecimiento da matéria prima e outros sobrecostes suportámo-los nós até que tivemos que repercutir no preço".

--Quanto têm subido vossos congelados?

--"Com alguns produtos temos optado por reduzir o formato, se era viável. Outros têm subido entre um 10 e um 15%, que não é todo o que têm subido os custos de produção. Esperemos que no segundo semestre todo se normalice".

--Baixareis preços se todo se normaliza?

--"Por suposto. Queremos vender a cada vez mais e ter um preço o mais ajustado possível. Procuramos essa rotação e por isso tendemos a aguentar as subidas, porque nos interessa que as fábricas estejam a pleno rendimento".

--A cada vez há mais alternativas veganas ao pescado, como vos afecta?

--"Ao final, o espaço do linear reduz-se porque tiram proteína animal e metem proteína vegetal. Mas, a dia de hoje, não é uma parte substancial. Nossa ideia é adiantar-nos e dar uma solução mais integral a nossos clientes".

--Lançareis algum alternativa vegetal ao pescado?

--"Agora também fazemos produtos precocinados com base de pescado, e por aí evoluímos. Acabamos de apresentar Nowtural, que são platos preparados 100 % naturais e sem aditivos que aúnan pescado e vegetais em bandejas fáceis de preparar e livres de plástico".

--Nowtural está destinado a um público flexitariano?

--"Propomos-no-lo devido ao incremento da população vegana, vegetariana e flexitariana que procura produtos alternativos à proteína animal. Até agora só tínhamos o rollito de primavera, mas vimos que nosso público se diversificava, e nós fizemos o mesmo. Nowtural é uma solução que não existia no mercado para seduzir ao público flexitariano. Também nos propomos lançar um alternativa vegetal ao pescado".

Os rollitos de primavera de Congalsa / CONGALSA

--Os platos preparados são tendência?

"O consumidor espanhol a cada vez tem menos tempo para cozinhar. Sobretudo, no dia a dia. O pouco tempo de que dispõe o quer dedicar ao lazer. Come-se mais no escritório: menos menus e mais túperes. Para todos eles será Nowtural".

--Quando chegará ao súper e a que preço?

"Ainda não temos data de lançamento, mas a ideia é que cheguem à secção de congelados no final de 2022 por entre 3 e 5 euros".

--Quantas raciones de pescado é aconselhável comer à semana?

--"Entre dois e três".