Fred Wang é o responsável pela divisão de Consumo de Huawei em Espanha. Faz questão de que a companhia procura, antes de mais nada, cobrir as demandas e necessidades dos consumidores.
Ademais, ainda que seus móveis tenham podido sofrer por não incluir as apps de Google, a companhia tem claro que esta divisão é chave. Por isso, trabalha para procurar soluções e oferecer ao utente uma experiência a cada vez melhor.
--São os novos portáteis de Huawei parecidos aos MacBook de Apple?
--"Nossos produtos podem parecer-se a outros do mercado, mas seguimos oferecendo inovação e uma tecnologia diferente. Ademais, procuramos melhorar a experiência do consumidor criando um ecossistema e uma forma fácil de ligar todos seus dispositivos".
--Quais são os 'best-sellers' da marca?
--"A pandemia tem mudado a vida das pessoas. Agora os produtos destinados a uma smart home e smart office são muito populares. Mas temos visto, ademais, um forte crescimento no segmento dos relógios inteligentes e wearables. A gente preocupa-se a cada vez mais de sua saúde. Por isso, nosso relógio Watch GT3 é muito popular, mas também o modelo anterior, o Watch Fit e a pulsera Band 6. Os produtos de faixa média-baixa têm um grande volume de vendas".
--Procura agora o consumidor preços mais baixos?
"A gente já está disposta a viajar, a sair... O preço é importante, mas os consumidores também estão dispostos a gastar dinheiro para obter uma melhor experiência".
--Está a companhia mais centrada agora em produtos premium ou em faixas mais baixas?
"Seguimos focados em produtos premium. Mas também nos importamos, e muito, a faixa média-baixa para poder permitir a um maior número de consumidores que experimentem e desfrutem de diferentes dispositivos".
--Que ocorre com a divisão de móveis?
--"Em primeiro lugar, quero sublinhar que Huawei está disposta a cooperar com diferentes companhias. Mas, às vezes, isso não depende de nós. Huawei nunca abandonará seu negócio de smartphones. Seguiremos lançando novos móveis e diferentes tipos de produtos. No passado tivemos uma boa e estreita relação com Google e seguimos abertos a isso. Mas, ao mesmo tempo, estamos a desenvolver nosso próprio ecossistema, baptizado como HMS (Huawei Mobile Services). Nossas tabletas e smartphones já usam-no. E vamos trazer a cada vez mais apps.queremos que HMS seja como Google Play e a App Store".
--E qual é a satisfação do cliente neste sentido?
-- "Ao princípio, adaptar a uma mudança deste tipo requer de tempo. Mas temos desenvolvido Huawei Petal Search para que a busca de aplicativos seja também mais fácil e que os utentes não tenham nenhum problema. Queremos e estamos a melhorar a experiência neste sentido. Temos a cada vez mais partners que nos ajudam a isso".
--E como vão as vendas dos telefones plegables? Funcionam pese a não ter as apps de Google?
--"Para ser sincero, ainda que lançamos telefones de faixa alta e plegables... Não é o mesmo que no passado. Tenho visitado nossa loja de Barcelona faz uns dias, com motivo do Mobile World Congress, e tenho podido comprovar que se venderam um par de dispositivos plegables. São produtos muito bons, em desenho, qualidade, detalhes... E nossa experiência é muito melhor que a de outros, mas o preço ainda é alto. Esta tecnologia acabar-se-á abaratando com o tempo".
--Qual é a estratégia da assinatura para este ano?
--"No ano passado lançamos uns 30 produtos, mais ou menos, e este 2022 vamos pelo mesmo caminho. A muita gente gosta de nossos dispositivos e estamos a melhorar o sistema HMS para contentar ao consumidor. Ainda que temos sofrido o veto de EEUU, seguimos procurando e criando soluções. O consumidor precisa mais dispositivos e Huawei está totalmente centrada nas necessidades do utente. Se o consumidor demanda algo... oferecer-lho-emos".