Acerca-se o aniversário do teu filho. Neste ano portou-se bem, e adoraria uns ténis. Mais especificamente, umas Nike Jordan 4 University. Em suma, uns sneakers, como dizem agora– que ultrapassam amplamente os 100 euros. Demasiado para o teu orçamento atual. E mais, com os preços a subir em flecha; com a luz, o gás e a água a disparar, e quando encher o frigorífico custa uma fortuna.
Falando disto com um familiar, ele diz-te que um amigo seu consegue bons negócios através do Instagram . E recomenda-te uma conta dessa rede social na qual oferecem bons produtos a muito bons preços. Supões que consegui-lo-ão directamente de fábrica e que, ao saltar intermediários –lojas, revendedores, etc– podem reduzir os custos.
A conta chama-se Zapas Siroko, e tem boa pinta. Fotos bonitas de todo o tipo de roupa e calçado desportivo. Sobretudo da Nike, mas também de outras marcas como Lacoste, Adidas ou Gucci.
De modo que, mandas uma mensagem directa, como indicam, e em seguida respondem-te. "Olá, têm umas Jordan 4 University azuis do número 37?". "Sim. Estão a 65 euros. Enviamos-tas em 48 horas contra reembolso". Tu, encantado, pensas: Bem! É um preço muito bom. Além disso, não pode ser uma fraude porque só as pagas quando cheguam.
Rapidamente confirmas o pedido e, efectivamente, em dois dias chega-te o pacote. Mas a decepção não pode ser maior quando ao o abrir descobres que lá dentro há um par de ténis que no mercado não custam mais de 4 ou 5 euros.
De imediato, mandas uma mensagem à conta de Instagram com uma foto dos ténis que te chegaram. "Olá. Pedi umas Nike Jordan e chegou-me isto. Deve de ser um erro, não?". Mas agora já ninguém responde. Não importa o muito que insistas. E um calafrio percorre-te o corpo. À medida que passam as horas, confirma-se: Fui enganado em 65 euros. Não há morada à qual reclamar. E ficas com cara de tonto. Como me pude enganar?, perguntas-te. Mas são muitos os que caem nestas armadilhas.
A fraude da Zapas Siroko só é mais um caso dos inumeráveis que há nas redes sociais. Contas piratas que se abrem quando outras são fechadas. E assim sucessivamente.
Por isso, insistimos, tenham cuidado aí fora.